De maneira geral, tanto nas mulheres quanto nos homens, o trato urinário é formado por dois rins, dois ureteres, canais que saem dos rins e chegam até a bexiga, e a uretra, um canal responsável por eliminar a urina. No entanto, existem algumas diferenças anatômicas que facilitam o desenvolvimento de infecções no aparelho urinário feminino.
Comprimento da uretra nas mulheres facilita infecções
A uretra conecta a bexiga até a parte externa do órgão genital e, nas mulheres, ela tem um comprimento menor que nos homens. “Este fator anatômico pode facilitar o trajeto das bactérias da vulva, vagina e ânus, até a bexiga”, afirma a ginecologista e obstetra Elisabete Pinheiro. Além disso, no homem, os líquidos prostático e seminal, segundo apontam pesquisas, têm função antisséptica, o que não acontece nas mulheres.
Outro fator que deve ser considerado é uma certa predisposição genética, segundo a profissional: “Algumas mulheres apresentam alterações nas células que revestem o sistema urinário, o que aumenta a aderência das bactérias e outros micro-organismos”. Este fator acaba facilitando ou até piorando as infecções.
Cuidados com a higiene íntima reduz chances de infecções no trato urinário
Por causa dessas diferenças, as mulheres devem redobrar os cuidados com a saúde e a higiene do aparelho urinário. Entre as orientações médicas estão sempre manter as mãos limpas e, ao utilizar o banheiro, passar o papel higiênico da frente para trás, evitando que fezes e outros materiais que entraram em contato com o ânus cheguem até a vagina.
O uso de roupas apertadas também é desaconselhado, já que abafa a região do trato urinário, facilitando a proliferação de fungos e bactérias capazes de causar infecções. O ideal é optar por peças mais folgadas. Além disso, durante uma relação sexual, micro-organismos podem chegar à uretra, o que leva os especialistas a recomendarem que as mulheres urinem depois do sexo.
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