O sal é inimigo número um para quem tem hipertensão, devido à sua capacidade de retenção de líquidos. O sódio aumenta o volume de fluidos nos vasos sanguíneos, o que resulta na pressão arterial elevada. Por isso, é muito importante que a ingestão de sal seja controlada, tanto para hipertensos quanto para quem quer evitar o desenvolvimento dessa condição, mas é fundamental investir em uma dieta equilibrada e nutritiva.
Proteínas magras e vegetais
Para manter o controle da doença, é fundamental ter uma dieta equilibrada aliada a exercícios físicos. “Toda mudança começa com hábitos de vida saudáveis, isso vale para qualquer doença ou condição clínica”, afirma o cardiologista Benjamin Segal, do Rio de Janeiro. “A alimentação deve ser rica em fibras, minerais, proteínas de origem vegetal ou animal de baixo teor de gordura, vegetais em suas diversas formas e livres de agrotóxicos, hidratação abundante e com baixa ingesta de açúcares, sal e frituras”, completa.
De acordo com Segal, exercícios aeróbicos e isométricos também são essenciais para o controle da pressão arterial. “Tanto o plano alimentar, quanto o plano físico devem ser individualizados e acompanhados de profissionais adequados”, completa o médico.
Estresse, o inimigo cotidiano
O estresse também é um grande vilão dos dias atuais para quem é hipertenso. “A conectividade 24h, trânsito, poluição e falta de sono ou apnéia obstrutiva do sono (roncos), enfim, temos sempre que ter em mente uma mudança de paradigma e de comportamento quando esses fatores interferem com a nossa saúde, pois eles nunca vem isolados, o conjunto é importante”, esclarece Segal.
A importância de manter o medicamento da pressão arterial em dia
A alimentação e os exercícios físicos são primordiais para manter a pressão arterial controlada, mas o medicamento prescrito pelo cardiologista deve ser tomado com regularidade e não pode ser interrompido. “A interrupção do tratamento faz com que todos os mecanismos prejudiciais do aumento da pressão nos órgãos e sistemas do nosso organismo voltem a se manifestar, gerando consequências por vezes ainda piores”, explica o médico. “Quando usamos um tratamento (nutricional, medicamentoso, etc.) podemos reverter o quadro, o que nos é favorável, mas um súbito aumento da pressão arterial pode ter consequências mais drásticas, como um derrame ou infarto”.