Todos os dias surgem novos medicamentos, cosméticos e dietas milagrosas que prometem o emagrecimento rápido e sem esforço. Muitas vezes, seja por pressão social ou falta de informação, as pessoas adotam essas estratégias sem se consultar com um profissional especializado no assunto. O consumo de medicamentos para emagrecimento sem indicação médica é tema de grande preocupação e atenção dos nutricionistas do país, já que, em muitos casos, o efeito é contrário ao desejado, isso sem falar nos riscos à saúde.
Antes de qualquer tratamento, consulte um médico
Para a nutricionista Caroline Codonho, todo tipo de tratamento com medicamentos deve ter o acompanhamento de um profissional, mesmo que seja um produto aparentemente inofensivo. “Acredito que o papel do nutricionista seja mostrar as possibilidades de alcançar um emagrecimento através da mudança do estilo de vida, incluindo atividades de lazer ao ar livre, prática de atividade física frequente, alimentação saudável e substituição de produtos industrializados por comida de verdade, devolvendo ao individuo a capacidade de ter prazer através da alimentação”, destaca a profissional.
A médica destaca também que o paciente deve ser avaliado por um quadro mais geral de seu metabolismo e sua saúde, não apenas seu peso corporal. “Quem deseja emagrecer deve, antes de tudo, passar por uma avaliação com um clínico geral a fim de conhecer como está o funcionamento do seu corpo e não apenas ser avaliado por seu peso corporal. A seguir, o nutricionista contribuirá para o estabelecimento de um plano dietético adequado à realidade e às necessidades do paciente”, ressalta Caroline.
Riscos para quem toma medicamento sem orientação médica
Além da ineficácia do processo de tratamento, pois o individuo pode tomar o remédio errado ou em quantidade insuficiente por não saber o diagnóstico correto, o uso de medicamentos—sejam comprimidos, aplicações de pomada, injeções, xaropes, etc – sem a devida recomendação médica também pode prejudicar o funcionamento de órgãos importantes, como rins e o coração. Além disso, o uso indiscriminado pode provocar reações alérgicas, resultando em sintomas como dificuldade de respirar ou inchaço da pele.