Você já percebeu que a maioria das pessoas prefere alimentos calóricos e com poucos nutrientes? Se estiver num mercado, seu cérebro provavelmente será mais instigado diante de um doce ou de uma peça de picanha gordurosa do que ao passar pela parte de verduras e legumes.
Isso não se trata de uma suposição, mas sim de um fato comprovado cientificamente: “A maioria dos alimentos calóricos e pouco nutritivos é saborosa por misturar carboidratos simples, como o açúcar refinado e gordura, que dão sabor e consistência aos produtos”, afirma a nutricionista Giovana Morbi.
Alimentação prazerosa
Além disso, a combinação mexe com o cérebro, estimulando as áreas ligadas aos sentimentos de prazer e recompensa. É por essa razão que as pessoas procuram esse tipo de alimento quando estão tristes ou cansadas. Mas é preciso cuidado, porque a preferência pode se tornar um vício com o tempo e comprometer a saúde do corpo.
As consequências para o organismo são as mais variadas. O consumo de alimentos gordurosos e pouco nutritivos pode levar à obesidade, à hipertensão, à diabetes e outros tipos de doenças cardíacas e ainda atrapalhar o crescimento do corpo pela falta de nutrientes importantes, como o cálcio e o ferro.
O mal está no exagero
No entanto, o problema não está no consumo desses alimentos. Os vilões são, na realidade, o hábito e o excesso: “Todas essas doenças estão relacionadas aos hábitos do dia a dia, de uma forma geral. Nenhum alimento levará a doenças de forma isolada, mas sim um conjunto de hábitos de uma pessoa, sem falar nas predisposições genéticas”, explica a Dra. Giovana.
A profissional diz que uma boa nutrição é essencial para o funcionamento adequado do corpo e diz que é preciso dar atenção à qualidade dos produtos. “As empresas estão cada dia mais preocupadas com a composição dos alimentos, porque hoje os consumidores são bem informados. Acho interessante a substituição de alguns alimentos pela versão light”, ressalta.