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Por que diabéticos correm riscos maiores de perder a visão?

Cuidados e Bem-estar

Por Dr. Ivan Maluf

19 de outubro de 2023

O diabetes é uma alteração metabólica de origem múltipla e se caracteriza pela deficiência de produção e/ou de ação da insulina em exercer adequadamente suas funções, causando um aumento da glicose (açúcar) no sangue. Mas você sabia que a doença pode afetar a visão do portador? “O diabetes compromete várias estruturas do olho”, afirma o oftalmologista Ivan Maluf, que explica melhor a relação entre a doença e os efeitos na visão.

As doenças oftalmológicas

Retinopatia diabética é o nome que se dá ao comprometimento da parte mais profunda do olho, local que fica a retina. “Esse é o comprometimento mais grave, que vem a ser o aparecimento de neovasos malformados que se rompem e causam hemorragias na retina, levando à cegueira”, explica Maluf.

Os diabéticos também podem desenvolver catarata, caracterizada pela redução da transparência do cristalino (lente interna do olho). “Outro comprometimento é do cristalino, que, por metabolizar glicose, encontra no diabético uma grande oferta desta substância circulante e, por metabolizar ativamente, opacifica-se de forma mais intensa que em pessoas normais. E esta opacificação é a catarata, que leva também à cegueira, porém de forma reversível cirurgicamente”, completa o médico.

Como descobrir o problema?

Exames preventivos são essenciais para confirmar o diagnóstico e programar o tratamento da doença, se necessário. Para os diabéticos, a prevenção dos problemas oculares deve ser constante,  através do controle rigoroso do diabetes. “O controle do diabetes pode contornar ou minimizar os efeitos da doença”, afima Ivan. É necessário acompanhamento médico permanente para o controle adequado da taxa de açúcar, aliado ao acompanhamento oftalmológico. “Exames oftalmológicos anuais podem detectar neovasos antes que sangrem e, por isso, podem ser tratados com fotocoagulação a laser”.

Outros cuidados recomendados

Ivan reforça que o diabético deve ter em mente que sendentarismo está fora de questão. “Exercícios físicos como uma caminhada e controle rigoroso da dieta fazem enorme diferença na qualidade de vida do paciente”, finaliza.

Tendo consciência da sua condição e adequando seus hábitos no dia a dia, o paciente pode levar uma vida sem complicações. Também recomenda-se conversar com um profissional para esclarecimento de todas as dúvidas.

 

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