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Por que a osteoporose atinge mais mulheres do que homens?

Cuidados e Bem-estar
Saúde da Mulher

19 de outubro de 2023

Ao contrário do que muitas pessoas imaginam, os ossos do corpo humano são compostos por um tecido vivo que está em constante processo de renovação ao longo da vida. Este processo é definido pela remoção das áreas envelhecidas dos ossos (reabsorção) e pela consequente formação de novas células ósseas. Desta forma, a área envelhecida pode ser substituída pelas novas células, garantindo a renovação.

Com o envelhecimento, é natural que este processo sofra um desequilíbrio, onde a remoção das áreas envelhecidas torna-se mais intensa do que a formação de novas células. Como resultado deste desequilíbrio, temos a diminuição progressiva da massa óssea. Nos casos em que esta diminuição ainda é leve, temos uma condição denominada Osteopenia. Já nos casos em que esta diminuição é mais severa, temos uma condição denominada Osteoporose.

A Osteoporose pode ocorrer em ambos os sexos, porém possui maior incidência nas mulheres, principalmente após a menopausa. Esta diferença entre os gêneros possui relação com o hormônio estrogênio, que sofre considerável queda nas mulheres após a menopausa.

O estrogênio possui diversas ações sobre o metabolismo ósseo:

  • Induz a apoptose (morte programada) das células responsáveis pela reabsorção óssea, os osteoclastos. Desta forma, os osteoclastos permanecem em funcionamento apenas pelo período necessário, evitando assim a reabsorção óssea excessiva;
  • Estimula a absorção de cálcio pelo intestino;
  • Favorece a dilatação das veias e artérias, aumentando indiretamente a irrigação sanguínea e o aporte de cálcio ao osso e consequentemente contribuindo para a sua mineralização;
  • Estimula a síntese de colágeno tipo I (colágeno presente nos ossos);
  • Inibe fatores estimuladores de osteoclastos ou aumenta fatores inibidores de osteoclastos, quando ligado aos osteoblastos (células responsáveis pela formação do novo osso).

Desta forma, a queda acentuada dos níveis de estrogênio, que ocorre nas mulheres após a menopausa, induz e acelera a atividade de reabsorção óssea, contribuindo para a perda óssea excessiva e sustentada ao longo do tempo.

Referências:

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