Durante a gestação as mães precisam cuidar muito bem de sua saúde, buscando consumir diversos nutrientes importantes que garantam ao bebê um bom desenvolvimento. Afinal, a única fonte de nutrientes do feto é a ingestão alimentar e as reservas nutricionais da mãe. O desenvolvimento cerebral da criança, em especial, segue a mesma regra. Os ácidos graxos ômega 3 são considerados aliados nesse processo.
Benefícios do ômega-3 durante a gestação
De acordo com a pediatra Denise Muniz, esses nutrientes são muito importantes durante a gravidez para assegurar o crescimento, desenvolvimento cerebral e a acuidade visual do feto. “Alguns estudos provam ainda que esses ácidos graxos podem ter um papel determinante no tempo de gestação, na prevenção de sintomas depressivos da grávida e na diminuição da resposta inflamatória na criança”, completa.  
Ainda segundo a pediatra, alguns estudos comprovam que bebês alimentados exclusivamente ao seio materno apresentam maiores concentrações de ômega 3 no tecido cerebral em comparação com os alimentados sem o nutriente. “Isso reforça a associação feita entre esses ácidos graxos com uma maior capacidade de aprendizagem e poder de concentração”.
Atuação do ômega-3 no bebê e principais fontes do nutriente
A médica explica que o ômega-3 consumido pela mãe é transportado pela placenta e depositado no cérebro e na retina do feto, acumulando-se também nas glândulas mamárias. “O desenvolvimento do sistema nervoso, especialmente do cérebro, ocorre durante os três últimos meses de gravidez. O depósito de ômega 3 na retina e no córtex cerebral ocorre, principalmente, no último trimestre de gestação e nos primeiros seis meses de vida extra-uterina, podendo se estender até os dois primeiros anos de vida”, explica Denise.
As fontes de ômega-3 presentes na alimentação são principalmente os frutos do mar, mas vegetais, alguns frutos oleaginosos, sementes e gema de ovo também podem ser adicionados à dieta. Existem produtos no mercado que vêm sendo enriquecidos com o nutriente, leite e fórmulas infantis. Também é válido buscar esses ácidos graxos por meio da suplementação, que deve ser discutida com o médico durante as consultas do pré-natal.
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