A comunicação entre um médico e seu paciente é um dos fatores que mais influenciam na rapidez e na eficácia do diagnóstico e do tratamento de um problema de saúde. O paciente deve explicar o que está sentindo e quais suas principais preocupações, enquanto o profissional deve utilizar seu conhecimento e sua capacidade de expressão para que a linguagem médica seja compreendida mais facilmente.
Conforto e segurança ajudam na hora da consulta
Entretanto, não é sempre que a consulta acontece sem contratempos. “É muito comum o paciente ter dificuldades para explicar os sintomas. O médico precisa ter paciência e fazer perguntas que auxiliem o paciente a se explicar”, afirma o ortopedista Mauricio de Paiva Raffaelli que complementa que a formação médica dedica muita atenção à compreensão dos sinais e dos sintomas.
A barreira na comunicação pode surgir também diante do desconforto sentido pelo paciente na hora de dizer como está se sentindo, mas a situação pode ser contornada. “O papel do médico, nesse instante, é de deixá-lo completamente confortável e demonstrar que não está ali para julgá-lo, mas sim para ajudá-lo”, explica Mauricio.
Falhas na comunicação podem atrasar o diagnóstico
As dificuldades encontradas na comunicação entre médico e paciente podem retardar a realização de um diagnóstico preciso. Por essa razão, é fundamental que haja uma relação de confiança. Quem vai a uma consulta deve perceber que o especialista está dedicado a atendê-lo e que possui conhecimento e experiência para tratá-lo.
No entanto, Raffaelli não acredita que falhas no diálogo possam resultar em um diagnóstico errado: “Essa é uma expressão muito forte, porque o diagnóstico de uma patologia passa por diversas etapas, como a comunicação, exame físico detalhado e outros complementares.” Depois de descoberta e explicada a condição clínica, é preciso que o paciente se dedique ao tratamento.