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Mieloma múltiplo: Por que o diagnóstico precoce facilita o tratamento da doença?

Cuidados e Bem-estar
Segurança para o Paciente

25 de outubro de 2023

Você sabe o que é um mieloma múltiplo? Para muitas pessoas, esse termo pode causar estranhamento ou até mesmo ser um ponto de interrogação completo. Esse tipo de câncer é considerado uma doença grave e precisa de conscientização, objetivo principal do Março Borgonha, campanha da Associação Brasileira de Mieloma Múltiplo (ABRAMM) que promove a informação sobre os sintomas de mieloma múltiplo e seu tratamento. A hematologista Fernanda Santos conversou com a equipe do Cuidados Pela Vida sobre a importância do diagnóstico precoce. Confira! 

Qual exame detecta mieloma múltiplo? Entenda como é o diagnóstico

 

Não é exatamente fácil suspeitar de um quadro de mieloma múltiplo, já que a doença não costuma provocar sintomas. Eles surgem, em alguns casos, quando o problema provoca lesões nos rins, na medula óssea e nos ossos, causando fraturas e anemia, por exemplo. “O mieloma múltiplo representa 10% das neoplasias hematológicas e é considerado silencioso. Pode ser suspeitado por alteração em exames de sangue”, afirma Dra. Fernanda. 
De acordo com a hematologista, os exames de sangue são muito importantes para identificar a doença. “O diagnóstico é feito quando encontramos 10% de plasmócitos na medula ou em um plasmocitoma, além de ter pelo menos um dos seguintes fatores: hipercalcemia, lesão renal, anemia, lesão nos tecidos, plasmócitos maiores de que 60% na medula ou lesão óssea focal em ressonância magnética”, assinala Dra. Fernanda. Plasmócitos anormais são células que se acumulam nos rins e na medula e levam, em última instância, à destruição dos ossos. 

Tratamentos para mieloma múltiplo: diagnóstico precoce é fundamental

 

Dra. Fernanda destaca que quanto mais cedo a doença for identificada, maior serão as chances de obter sucesso no tratamento: “O diagnóstico precoce facilita o tratamento da doença, diminuindo complicações do próprio tratamento (por permitir que o paciente tolere melhor a quimioterapia, diminuindo complicações infecciosas) e também melhorando a qualidade de vida, pois quanto mais avançada a doença, mais lesões em órgãos-alvo encontramos, com necessidade de diálise e fraturas incapacitantes”. 
Além da quimioterapia, o transplante de medula também é uma opção de tratamento, a depender da fase da doença. “Na etapa do transplante, também há impacto, pois quanto maior o número de complicações, maior o risco relacionado ao procedimento e, dependendo das comorbidades, o paciente será considerado inelegível ao transplante”, diz a hematologista. Porém, a especialista reforça que em qualquer estágio da doença, há a possibilidade de remissão. “Há chances de melhora clínica importante com as novas drogas, principalmente quando comparamos com as terapias oferecidas há 15 anos. Infelizmente não há cura, porém o paciente pode ficar longos períodos em remissão”, finaliza a médica. 

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