Durante a gestação, existem inúmeros cuidados que devem ser tomados para garantir a saúde da mulher e do bebê. Um dos principais problemas é o aumento dos níveis da pressão arterial, que colocam a segurança dos dois em risco. A hipertensão na gravidez é um assunto muito sério e requer acompanhamento desde as primeiras semanas.
Segundo o cardiologista Francisco Flavio Costa Filho, há três tipos de hipertensão nessa fase da vida: “Existe a mulher que já era hipertensa e que eventualmente engravida e a hipertensão que se inicia na gravidez, que pode ser a pré-eclampsia ou uma hipertensão induzida pela gestação.”
Os perigos à saúde da gestante
A diferença entre os dois últimos tipos são a presença ou ausência de sintomas clínicos. Na pré-eclampsia, também chamada de doença hipertensiva específica da gestação, é preciso comprovar a perda de proteínas, cefaleia e alterações no fígado e nos rins. Já na hipertensão induzida, não surgem sintomas. Ambas, ocorrem a partir da vigésima semana de gestação.
Os riscos à saúde da futura mãe são vários. “A pré-eclampsia pode sinalizar o surgimento de complicações gravíssimas no organismo da mulher, que podem levar à morte”, alerta o Dr. Francisco Flavio. Entre os problemas, podem ocorrer convulsões, lesões hepáticas, anemia e queda na quantidade de plaquetas encontradas no sangue.
Riscos da hipertensão ao bebê
Os problemas não atingem somente a mãe. “Os vasos sanguíneos da placenta também podem ficar doentes, causando restrição de crescimento e sofrimento do bebê”, explica o cardiologista. A equipe de obstetrícia analisa cada caso e define o momento mais adequado para realizar o parto.
O tratamento da hipertensão durante a gravidez costuma envolver o uso de medicamentos. No caso das mulheres que já tinham o problema anteriormente, os remédios podem ser substituídos, já que alguns provocam má formação do feto. Mais do que nunca, o acompanhamento médico é fundamental para controlar o nível de pressão e manter a gestante e o bebê seguros.