A principal razão para o desenvolvimento da osteoporose é o próprio envelhecimento do corpo. A partir dos 40 ou 50 anos, a quantidade de minerais que constituem os ossos começa a diminuir com maior velocidade. É um processo natural do organismo, que torna o esqueleto mais frágil e suscetível a fraturas.
Tratamento de algumas doenças podem piorar outras
No entanto, o uso contínuo de alguns remédios pode contribuir para o surgimento da doença. “Existem medicações que podem induzir à osteoporose. São os corticoides, alguns anticonvulsivantes e hormônios da tireoide em doses altas, por exemplo”, afirma o ortopedista Lucio Nakada.
Essas substâncias aumentam a perda de minerais dos ossos, que não é recompensada em quantidades suficientes para garantir a manutenção do esqueleto. Quando o paciente utiliza um desses medicamentos e verifica-se o risco de osteoporose, o especialista recomendará a substituição por outro que atenda as necessidades do corpo de maneira eficaz.
Como driblar o problema
Mas nem sempre essa substituição é possível, como explica Nakada: “Caso não haja a possibilidade de suspender a medicação, o tratamento deverá visar a melhora da absorção de cálcio”. O objetivo não é curar a doença, o que é difícil, mas sim, retardar e minimizar a perda de massa óssea, evitar a ocorrência de fraturas e diminuir a dor.
A adoção de algumas medidas no dia a dia auxilia tanto na prevenção quanto no tratamento. “Deve-se ingerir cálcio e vitamina D, tomar sol, praticar exercícios físicos, evitar bebidas alcoólicas e o fumo”, alerta o ortopedista. Além disso, o controle do peso também é um fator que protege contra as fraturas, porque evita sobrecarregar ossos, principalmente da coluna, do fêmur e do joelho, regiões bastante afetadas.
Dr. Lucio Nakada é ortopedista e traumatologista e atua em São Paulo. CRM-SP: 87965