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Existem atividades ou brincadeiras que podem ajudar os pais a se conectarem com filhos autistas?

Autismo
Sintomas

Por Dra. Ana Claudia Ducati Dabronzo

19 de outubro de 2023

Crianças com autismo apresentam dificuldade importante em interagir e por isso os pais devem estimulá-las constantemente a evoluir nesse sentido. Brincadeiras e atividades interativas podem ajudar o paciente nesse sentido, desde que sejam saudáveis e estabeleçam uma conexão entre pais e seus filhos autistas. Para a psiquiatra Ana Cláudia Ducati, brincadeiras e atividades que as crianças realmente gostem podem proporcionar uma maior interação e ajudá-las.

Comunicação é essencial mesmo que seja difícil para o paciente

Segundo a especialista, brincar com os filhos é algo que todos os pais deveriam fazer independente de diagnóstico. Porém, devido às dificuldades de interação ou muitas vezes à ausência de interesse por interação da criança com TEA (Transtorno do Espectro Autista), essa prática se torna uma grande dificuldade para os pais. Por isso, muitas vezes o tratamento inclui o uso de medicamentos que ajudam a amenizar os sintomas do quadro.
Mesmo assim, brincar com a criança com TEA pode ajudar e muito em seu desenvolvimento, pois a simples interação com ela representa um estímulo, benéfico em vários sentidos. Ela pode passar a fazer mais contato visual, verbalizar mais palavras e até buscar mais o contato com outras crianças. “Se lembrarmos que a socialização é uma das principais dificuldades da criança com TEA, quanto mais estimulação receber nesse sentido, mais irá evoluir”, pontua a psiquiatra.

Pais devem insistir com filhos autistas mesmo que eles rejeitem o contato

Algumas atividades, como brincar com massinha, texturas, temperaturas e consistências diferentes, podem auxiliar na estimulação sensorial e, assim, trabalhar o desconforto que algumas crianças têm com sensações táteis, por exemplo. “Além disso, recomenda-se sempre falar com a criança durante a brincadeira e manter faces bastante expressivas pode ajudar. É importante que os pais não desistam quando a criança rejeitar o contato, pois muitas vezes a evolução é lenta mesmo”, completa Ana Claudia.

Dra. Ana Claudia Ducati Dabronzo é psiquiatra geral e da infância e adolescência, formada pela Universidade de São Paulo (USP). CRM: 150.562
Foto: Shutterstock

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