A alopecia androgenética, popularmente conhecida como calvície, é hereditária e pode ocorrer em ambos os sexos, sendo mais comum em homens. A frequência e a gravidade vão aumentando com a idade. O fato do problema ser mais frequente em homens está relacionado ao principal hormônio sexual masculino, que é a testosterona.
Ação da testosterona na calvície
“Existe uma razão para a calvície ser mais comum em homens do que em mulheres. Isso ocorre porque os hormônios masculinos são os mais envolvidos na manifestação da doença. A influência desse hormônio é tanta que 80% dos homens apresentam algum sinal de calvície aos 70 anos”, informa a dermatologista Daniela Aidar.
A médica explica que a testosterona é convertida em dihidrotestosterona pela enzima 5-alfa-redutase II, presente nos folículos do couro cabeludo (a atividade dessa enzima é aumentada em homens acometidos). “A dihidrotestosterona é capaz de causar miniaturização dos fios (deixando-os finos e curtos), até que no futuro esses fios sumam e o folículo se feche”.
Genética e calvície
Apesar dessa grande influência hormonal, alguns homens não sofrem de calvície. Envelhecem e continuam com o cabelo volumoso por toda a cabeça. O fator que melhor explica isso é a genética. “A transmissão hereditária da alopecia androgenética é poligênica, isto é, depende de vários genes envolvidos (autossômicos e ligados ao X)”, afirma a dermatologista.
Por ser um tipo de alopecia bastante comum e pela força da hereditariedade, a calvície tende a ser herdada de geração em geração. Não se sabem todos os genes e fatores envolvidos, pois ainda são necessários muitos estudos futuros. “O mais importante é sabermos identificar precocemente a calvície para iniciar logo o tratamento, caso o paciente deseje”, recomenda Daniela.
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