
Dra. Daniela Aidar
Dermatologia
Biografia
Dra. Daniela Aidar é formada em Medicina pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), onde também concluiu residência médica em Dermatologia. Logo após, iniciou especialização em Dermatologia Hospitalar também na mesma instituição, concluída em 2017. Possui título de especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e é membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD).
Artigos
Como usar a água dermatológica para ajudar a recuperar a pele após um dia de praia?
Para aproveitar o verão sem se preocupar com possíveis problemas de pele, é necessário usar bastante filtro solar, hidratar bem a pele e evitar o sol nos horários de maior incidência de raios ultravioleta. Porém, mesmo tomando todos esses cuidados é possível que a pele ainda precise de medidas que a ajudem a se recuperar totalmente. A água dermatológica é uma opção interessante nesse sentido. Benefícios da água dermatológica no pós-praia “A água dermatológica, assim como a água termal, é rica em minerais, que ajudam a nutrir, hidratar e acalmar a pele. Ela possui ainda alguns diferenciais, que são substâncias adicionadas com poderes benéficos para a pele também, com ação anti-inflamatória, hidratante e fortalecedora”, informa a dermatologista Daniela Aidar. De acordo com a especialista, após um dia de praia é recomendada a aplicação da água dermatológica a 30 centímetros da pele, em todo o corpo e rosto. Além disso, deve-se manter os olhos fechados durante a aplicação e aguardar até a absorção completa do produto. “A água dermatológica apresenta arnica na sua composição, que possui ação anti-inflamatória. Além disso, possui pantenol, que tem ação hidratante. Como também tem minerais e extratos de flores orgânicas, apresenta ação antioxidante. Assim, todos esses ativos auxiliam a recuperação da pele após a exposição solar”, completa Dra. Daniela. Água dermatológica se destaca por versatilidade Vale lembrar que o produto se destaca por ser multifuncional, ou seja, pode ser aplicada também em outras situações, como no pós-banho, com o benefício de acalmar, hidratar e revigorar a pele. No caso de quem tem a pele sensível, a água dermatológica também se mostra uma excelente aliada, amenizando sintomas como irritação e ardência. Foto: Shutterstock
Qual é a relação da vitamina D com a queda de cabelo?
A relação entre vitamina D e queda de cabelo vem sendo estudada por pesquisadores nos últimos anos, mas ainda não há como estabelecer uma ligação direta entre as duas coisas. Ou seja, a falta de vitamina D por si só não é o suficiente para determinar um quadro em que ocorre queda de cabelo. No entanto, a carência do nutriente pode influenciar de alguma maneira. “Ainda não é possível precisar o papel da vitamina D na queda de cabelo, porém sabe-se que sua deficiência pode influenciar na queda (eflúvio telógeno). Alguns estudos recentes mostraram que a dosagem de vitamina D em mulheres com eflúvio telógeno era menor do que das mulheres sem eflúvio. Mesmo assim, ainda são poucos estudos e sem estabelecer exatamente o motivo”, informa a dermatologista Daniela Aidar. Outros fatores que influenciam na queda de cabelo Estudos iniciais também apontam que a vitamina D possui um importante papel como imunomoduladora na alopecia areata, um tipo de queda de cabelo autoimune que se caracteriza por falhas de cabelo/pelo em formato arredondado no couro cabeludo e/ou outras partes do corpo. “Apesar das ressalvas, ainda recomendamos a dosagem da vitamina D na investigação da queda para possível suplementação, caso necessário”. É preciso ter em mente que vários outros nutrientes além da vitamina D são importantes para a manutenção da saúde capilar, como ferro, vitamina B12, zinco, silício etc. “Doenças como anemia, alterações do funcionamento da tireoide, sífilis, doenças reumatológicas, estresse, também estão envolvidas no processo de queda de cabelo”. Fontes de vitamina D Quem apresenta carência de vitamina D pode tratar o problema de diferentes formas. A exposição solar merece destaque, pois é crucial para a síntese do nutriente no organismo. Aliado a isso, recomenda-se o consumo de fontes alimentares (peixes, frutos do mar, ovo, fígado, leite, queijo, cogumelos) e a suplementação. Neste último caso, é necessária a indicação do médico especialista. Foto: Shutterstock
Medicamentos tópicos contra a calvície podem ajudar no crescimento da barba?
O crescimento da barba não é igual em todos os homens. Para uns, os fios crescem com volume e regularidade, enquanto outros têm a barba falhada e rala. Apesar dessas diferenças serem frequentes, elas podem incomodar e, para tentar corrigi-las, alguns homens têm apostado no uso de medicamentos tópicos contra a calvície para estimular o crescimento da barba. Afinal, esse tratamento funciona? Medicamentos tópicos podem ajudar no crescimento dos pelos da barba Ainda que a maior parte das pesquisas e das indicações para medicamentos tópicos com minoxidil seja para combater a calvície, esses produtos podem fazer efeito também no crescimento dos pelos da barba. “Há menos estudos relacionados ao seu uso na barba em comparação com a calvície, porém, por ser um medicamento seguro, os dermatologistas têm prescrito também para ajudar no crescimento da barba de homens que apresentam falhas ou pelos muito finos”, afirma a dermatologista Daniela Aidar. Além da medicação tópica, existem outras modalidades de tratamento para quem não consegue crescer uma barba. “Em casos onde a falta do pelo é constitucional, o implante de pelos na área de barba já é um tratamento disponível e eficaz”, informa o dermatologista Bruno Vargas. Para o implante, cada paciente deve ser avaliado individualmente para verificar se já teve problemas de cicatrização ou queloide. Os fios podem ser retirados da cabeça ou até mesmo da área embaixo do queixo. Já quem tem falhas na barba pode disfarçá-las deixando os fios bem aparados ou tendo paciência para que os fios cresçam com maior uniformidade. Como funcionam os medicamentos tópicos contra a calvície? Os medicamentos tópicos atuam tanto nos mecanismos de crescimento dos fios, quanto na circulação sanguínea da pele abaixo deles, favorecendo o crescimento. “Os medicamentos tópicos ajudam a estimular o crescimento capilar e melhoram também a circulação sanguínea, fornecendo mais oxigênio para a raiz dos cabelos, atuando como vasodilatador”, diz Vargas. Os resultados são vistos de acordo com o crescimento dos novos fios. Em geral, é possível notar diferenças a partir do segundo mês de uso contínuo, mas o tempo de uso desse tipo de medicamento é individualizado e determinado a partir do diagnóstico do paciente. Foto: Shutterstock
Conheça exercícios simples que podem ajudar a aliviar a dor nas articulações
O estresse pode sim acelerar o envelhecimento da pele, pois tem repercussões comprovadas em diversos órgãos do corpo humano. Segundo a dermatologista Daniela Aidar, , psoríase, acne, além da queda de cabelo. “Os mecanismos para compreender a relação entre estresse e envelhecimento da pele ainda não foram completamente esclarecidos. O que se sabe é que o problema aumenta a produção de adrenalina, que diminui a circulação sanguínea da pele, a qual se torna menos irrigada e com menor taxa de regeneração, ficando mais opaca e sem brilho”, aponta. Efeitos do estresse na pele Conforme explica a especialista, as glândulas suprarrenais aumentam a produção de cortisol, o “hormônio do estresse”, que a longo prazo causa maior inflamação da pele e redução da produção de colágeno, facilitando rugas finas, manchas e flacidez. “Outra maneira do estresse afetar a pele é aumentando a produção de radicais livres, os quais em grande quantidade atacam as células saudáveis da pele”. A condição costuma resultar também no aumento de suor (o que pode levar à desidratação) e do sebo, o qual deixa a pele mais oleosa e vulnerável à acne. A tensão dos músculos da face, típica de pessoas estressadas, é outro elemento prejudicial à pele, pois causa rugas e aprofunda as que já existem. “Outros fatores que também ajudam a acelerar o envelhecimento da pele: privação de sono, tabagismo, sol excessivo sem proteção solar, abuso de bebidas alcoólicas, má alimentação e sedentarismo”. Como evitar o estresse e salvar a sua pele A médica destaca a importância de evitar o estresse como forma efetiva de retardar o envelhecimento da pele. “Pessoas saudáveis e não estressadas tem a pele com mais brilho, elasticidade e hidratação”. Evitar totalmente o estresse é quase impossível, mas com uma boa qualidade de vida dá para reduzir consideravelmente seus efeitos negativos. Nesse sentido, recomenda-se a combinação de alimentação saudável, aumento da ingestão de líquidos e prática regular de atividade física. Foto: Shutterstock
Por que o estresse pode desencadear um quadro de dermatite?
Um quadro de dermatite pode ser causado ou piorado pelo estresse, especialmente na variação seborreica da condição. De modo geral, toda dermatite gera sintomas como vermelhidão, coceira, descamação e formação de bolhas na pele, mas cada tipo da doença apresenta características próprias. “A dermatite seborreica é um quadro crônico, com influência genética, ambiental (estresse, alterações de temperatura) e com participação conhecida do fungo Malassezia sp”, explica a dermatologista Daniela Costa. “Em quem tem predisposição, o estresse pode sim ser um desencadeante para início do quadro, principalmente na idade adulta”. O estresse é um dos fatores de complicação da doença A médica aponta o estresse como grande complicador de quadros de dermatite seborreica já iniciados, o que é algo preocupante para quem tem a doença e leva uma vida conturbada. “O quadro é crônico, com períodos de melhora e piora (recidivante). O estresse é conhecido como um dos fatores de piora da dermatite seborreica, assim como as alterações de temperatura”, diz. Os principais sintomas da dermatite costumam aparecer em regiões como couro cabeludo, sobrancelhas, canto do nariz, atrás das orelhas e barba. Axilas, peito e virilha são menos comuns, mas também acometidos. “Não é necessário ter lesões em todas as regiões para ser considerado como dermatite seborreica; o quadro pode ser localizado”, completa Daniela. Tratamento com uso de remédio tópicos É fundamental o diagnóstico correto para que o tratamento das crises e do período entre as crises seja bem feito. Também é importante que o paciente esteja ciente de que a dermatite é uma condição crônica, mas que pode ser adequadamente controlada com o uso de medicamentos tópicos. “O cuidado deve ser contínuo, com uso de shampoos, cremes de corticóide e antifúngicos, além de imunomoduladores”, completa Daniela. Foto: Shutterstock
As peles negras também podem ser sensíveis?
A , com sabonetes e produtos adequados para o pH do rosto, é essencial para o equilíbrio da pele. Contudo, este não é o único método de limpeza da pele. Consultórios e clínicas especializadas dão profundidade ao processo, não apenas limpando, mas também possibilitando uma pele mais jovem. Etapas da limpeza de pele “É importante periodicamente procurar por um profissional adequado em clínicas para ter esse procedimento que garante uma limpeza mais profunda. Nestes centros ocorre a remoção de cravos e milium (pequenos cistos de sebo), além da renovação celular, que deixa a pele mais macia e saudável”, indica a dermatologista Daniela Aidar. A especialista destaca ainda outras etapas, como assepsia (remover maquiagem e cosméticos), esfoliação leve, massagem, aplicação de máscaras opcionais e de filtro solar para finalizar. “Vale dizer que a parte de extração é a mais longa, pois consiste em usar produtos para abrir os poros e depois remover cravos e milium”. Ela atenta para a escolha do profissional que vai realizar a limpeza da pele, pois se este procedimento for realizado de maneira inadequada pode ferir a pele, acarretando em vermelhidão e manchas. “Os miliuns, por exemplo, devem ser retirados com o auxílio de uma pequena agulha, pois são encapsulados. É um trabalho muito delicado. Quanto às espinhas, não se deve removê-las na limpeza de pele, pois há o risco de piorar a inflamação e gerar cicatrizes”. Produtos utilizados na limpeza de pele e sua atuação Dentre os produtos utilizados na limpeza de pele, a dermatologista destaca: emulsões de limpeza, creme ou vapor amolecedores de cravos, esfoliantes, produtos à base de vitamina C, máscaras de argila, máscaras calmantes, hidratantes e protetores solares. “Tudo depende do tipo de pele e técnica usada. “Muito cuidado com produtos à base de ácido, pois esses necessitam de supervisão de um dermatologista, visto que são substâncias que agem mais profundamente na pele”. Conforme explica a médica, esses produtos agem removendo as células mortas superficiais da pele e abrindo os poros, o que facilita a ação da esteticista que vai realizar a extração. “Os produtos utilizados após a extração funcionam para acalmar, reduzir a vermelhidão, fechar os poros e equilibrar o pH natural da pele”. Foto: Shutterstock