A osteoporose é uma doença óssea que requer muitos cuidados. É preciso tanta atenção que muitos doentes evitam fazer grandes esforços no dia a dia, como sair de casa e arriscar movimentos em geral. Engana-se, no entanto, quem pensa que dentro de nossas próprias casas estamos imunes às quedas, ficando assim sujeitos a fraturas. Todo cuidado é pouco, e é fundamental deixar a casa mais segura para melhorar a qualidade de vida para quem sofre com a doença.
Uma casa segura
Considerada a “vilã da terceira idade”, a osteoporose é comum nos idosos, especialmente em mulheres após a menopausa, que naturalmente vão perdendo massa óssea, ou seja, ficando com ossos cada vez mais enfraquecidos e porosos. Por isso, devemos começar a aumentar nossa atenção ainda dentro de casa. “Uma casa segura é uma sem escadas, tapetes ou objetos escorregadios e com banheiros e corredores com apoios para as mãos. Tudo para evitar quedas”, diz o traumatologista Lucio Nakada.
Confira abaixo algumas dicas que separamos para deixar uma casa segura para quem tem osteoporose e impedir surpresas desagradáveis aos doentes:
– Armários/gaveteiros mais baixos para não utilizar escadas ou bancos para alcançar objetos
– Camas altas para facilitar na hora de deitar e levantar
– Cadeiras e poltronas com braços laterais para ajudar na hora de se levantar
– Luminárias próximas à cama com sensores de movimento evitam uma caminhada no escuro
– Lâmpadas fluorescentes deixam os ambientes mais iluminados
– Fiação presa à parede e uso de conduites elétricos para evitar tropeços
– Tapetes presos ao chão (podem ficar embaixo de móveis) e antiderrapantes no banheiro
– Escadas sempre com corrimão para apoio e antiderrapantes nos degraus
Uma queda pode ser fatal
Os cuidados devem ser tomados porque os ossos ficam frágeis. Com os ossos enfraquecidos, pacientes com osteoporose podem sofrer fraturas com um mínimo de impacto, o que compromete bastante a qualidade de vida. Em casos mais sérios, um tombo pode ser fatal. “Uma torção dos quadris leve pode fraturar o fêmur, e fraturas de fêmur em pacientes com osteoporose normalmente são cirúrgicas e podem ser fatais. Um tromboembolismo causado por falta de movimentos em pacientes fraturados pode matar. Fora fraturas do crânio, costelas, etc, que podem perfurar órgãos importantes”, alerta Nakada.
Dr. Lucio Nakada é ortopedista e traumatologista e atua em São Paulo. CRM-SP: 87965