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Eflúvio telógeno: conheça a condição que aumenta a queda diária de cabelo*

Cabelo

Por Dra.Thatiana Hadlich Blumenberg

19 de outubro de 2023

A queda de cabelo é uma situação incômoda e capaz de afetar a autoestima, mas nem sempre a perda de cabelo está associada diretamente à alopecia androgenética (calvície). A nossa equipe conversou com a dermatologista Thatiana Hadlich Blumenberg sobre eflúvio telógeno, uma causa menos conhecida de queda capilar. Saiba mais sobre essa condição!

O que é eflúvio telógeno? Descubra como reconhecer o problema

Você já tomou banho e, quando acabou, deparou-se com um bolo de cabelo no ralo? Isso pode ser eflúvio telógeno, segundo a dermatologista, condição que pode se apresentar de duas maneiras: aguda ou crônica. “No eflúvio telógeno agudo, a causa da queda capilar ocorre três meses antes da perda dos fios. Em vez de termos de 100 a 120 fios caindo diariamente (que é o normal), temos de 200 a 300 fios, dependendo do paciente e da causa do eflúvio. Já no eflúvio crônico, há períodos de aumento da perda dos fios, de forma cíclica, uma ou duas vezes por ano, ou a cada dois anos, dependendo do paciente”, explica Dra. Thatiana.

Segundo a médica, as possíveis causas para o eflúvio telógeno agudo são “pós-parto, febre, dietas muito restritivas, doenças metabólicas ou infecciosas, cirurgias, especialmente a bariátrica, além do estresse. Algumas medicações também podem desencadear o problema”. O eflúvio telógeno crônico pode ter origem desconhecida, mas a maior parte dos casos pode ser motivada por doenças autoimunes, como a tireoidite de Hashimoto. A duração do problema também pode variar. “O eflúvio é autolimitado, ou seja, tem uma duração predeterminada de dois a quatro meses, caso não haja outra doença associada”, afirma a dermatologista.

Eflúvio telógeno: tratamento não é específico para todos os casos

O diagnóstico é feito após uma avaliação dos sintomas pelo dermatologista, como conta a médica: “Além de escutar o paciente, o profissional irá também questioná-lo sobre possíveis eventos e medicações que possam ter levado à maior queda de cabelo”. O eflúvio telógeno cursa com recuperação espontânea, sem necessidade de tratamento, na maioria dos casos.

Dra. Thatiana também lembra que, no que concerne aos tratamentos para eflúvio telógeno, não há algo específico e cada caso é um caso: “Algumas medicações, que são estimuladoras do crescimento capilar, podem ser associadas para acelerar esse processo de recuperação”.

“Se o paciente for saudável e sem doença prévia do couro cabeludo, o cabelo terá sua total recuperação. Porém, se o paciente tem alguma condição associada, como alopecia androgenética (calvície) ou a alopecia senil (rarefação que surge após os 60 anos), em geral, costuma-se tratá-lo para que possa ter plena capacidade de recuperar o volume e o comprimento dos fios”, esclarece a dermatologista.

Existem ainda situações com um surgimento previamente esperado do eflúvio telógeno. “Um exemplo é a fase do pós-parto, quando é comum ocorrer queda dos fios de dois a três meses após o parto, e o período após a cirurgia bariátrica”, diz Dra. Thatiana, que finaliza: “O ideal é o paciente procurar um dermatologista logo no início do problema”.

Dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia:
https://www.sbd.org.br/dermatologia/cabelo/doencas-e-problemas/efluvio-telogeno/56/

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