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Dormir bem: oito horas de sono são ideais? Verdade ou mito?

Cuidados e Bem-estar
Dormir bem

19 de outubro de 2023

Ter uma boa noite de sono é fundamental para garantir a disposição necessária para estudar, trabalhar, realizar diversas atividades no dia seguinte e garantir um organismo forte. Diversos fatores influenciam na qualidade do sono, que se estendem desde barulhos e luzes no ambiente até o uso de aparelhos eletrônicos antes de deitar.

Seis a nove horas de sono podem ser saudáveis

Mas, e a quantidade de horas? É realmente necessário dormir oito horas por dia? O psiquiatra Alexandre Pinto de Azevedo esclarece que, em média, sim: “A média esperada na população para um sono saudável, gira em torno de sete a oito horas, com margens de seis a nove horas.”
Existem, no entanto, casos raros chamados de “dormidores curtos” e “dormidores longos”. No primeiro grupo, a necessidade de sono é inferior a cinco horas de sono por noite, enquanto no segundo, a necessidade ultrapassa nove e dez horas por noite. “Trata-se de uma característica genética de ritmo biológico presente desde a infância e que não se configura como distúrbio do sono e que não costuma provocar consequências”, explica o especialista.

Poucas horas de sono geram cansaço e problemas de memória

Nos outros casos, a privação crônica do sono traz consequências físicas, mentais e cognitivas. Fisicamente, é possível sentir fadiga, dores de cabeça e no corpo, problemas gástricos e alterações na pressão arterial e nos níveis de glicose. Mentalmente, são detectadas mudanças no humor com irritabilidade fácil, tristeza, desmotivação e ansiedade.
Cognitivamente, surgem falhas na memória e dificuldade de se concentrar e prestar atenção. Por outro lado, o excesso de horas dormidas também provocam malefícios, ainda que menos severas. “As consequências são mais ocupacionais, uma vez que são indivíduos que geralmente se atrasam para seus compromissos. Mas, também têm características mais melancólicas e há evidências que sugerem maior predisposição a quadros depressivos”, alerta Azevedo.
Dr. Alexandre Pinto de Azevedo é psiquiatra do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. CRM-SP: 101604

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