A hipertensão é uma doença crônica que afeta a saúde do sistema cardiovascular. Quando não é controlada, a pressão alta deteriora os vasos sanguíneos de modo contínuo e pode gerar consequências no cérebro, nos rins, no coração e até nos olhos, os chamados órgãos-alvo. O problema é que a doença não costuma apresentar sintomas até gerar uma complicação, como insuficiência renal crônica, cegueira, AVC e infarto do miocárdio e, por isso, muitas vezes é detectada em um exame de rotina.
A hipertensão é uma doença silenciosa
Osvaldo F. dos Santos, como quase todos os pacientes hipertensivos, também não apresentava sintomas, mas sua relação com a doença não se transformou em tragédia graças a um exame de rotina com um médico. “Eu não sentia absolutamente nada. Não sabia que tinha pressão alta. Só fui descobrir quando fiz um exame que o médico pediu”, conta o morador de Coronel Macedo, em São Paulo.
Depois do diagnóstico, o comerciante logo iniciou o tratamento. O controle da pressão alta envolve uma série de medidas, como explica o cardiologista Francisco Flavio Costa Filho: “Reduzir a ingestão de alimentos ricos em sódio, como enlatados e carne de churrasco, e praticar atividade física regular são excelentes para o controle da hipertensão”. A perda de peso e o uso de medicamentos anti-hipertensivos também são fundamentais.
Acompanhamento médico é necessário nos casos de hipertensão
Santos, hoje com 55 anos, tem um bom relacionamento com seu médico e, de tempos em tempos, retorna ao consultório para o acompanhamento da hipertensão. “O tratamento tem dado certo. Tem sido bom para mim, mas eu me consulto com o cardiologista de seis em seis meses para fazer um check-up”, afirma o comerciante.
E ele está certo. Apesar de nunca ter tido graves problemas com a doença, nem alterado sua rotina devido à ausência de sintomas, a pressão alta precisa ser monitorada constantemente. “A pressão pode ficar descontrolada e isso pode ocorrer sem trazer nenhum sintoma. No início do tratamento, uma medicação só pode ser o suficiente para deixá-la controlada, mas com o passar dos anos isso pode mudar”, explica Filho.
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