Uma das maiores epidemias mundiais, o diabetes tem tratamentos cada vez mais eficazes, que dão muito mais qualidade de vida para aqueles que sofrem com a doença. Apesar de muitos estudos científicos e avanços medicinais na área que, no futuro, podem levar ao fim do problema, ainda incurável, a forma como o paciente encara a doença ainda é fundamental para o tratamento.
O que é o diabetes?
Em linhas gerais, o diabetes se caracteriza pela deficiência de produção e/ou de ação da insulina pelo pâncreas, através das chamadas células beta. A função principal da insulina é promover a entrada de glicose para as células do organismo de forma que ela possa ser aproveitada para as diversas atividades celulares.
O diabetes está se tornando a epidemia do século e já afeta cerca de 246 milhões de pessoas em todo o mundo. Até 2025, a previsão é de que esse número chegue a 380 milhões. Estima-se também que muitas pessoas que têm diabetes desconhecem a sua própria condição. No Brasil, de acordo com o Vigitel 2007 (Sistema de Monitoramento de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas Não Transmissíveis), a ocorrência média de diabetes na população adulta (acima de 18 anos) é de 5,2%, o que representa 6.399.187 de casos.
O diabetes tem cura?
A endocrinologista Priscilla Gil acredita que a cura será desenvolvida no médio ou longo prazo, mas é preciso manter os pés no chão, já que ainda são necessárias muitas pesquisas para a criação de uma cura definitiva e que não ofereça muitos riscos à saúde. “Ainda não podemos falar em cura para o diabetes. Ainda há muito para se pesquisar sobre uma cura definitiva”, afirma a médica.
O tratamento, no entanto, é eficaz em combater os sintomas, reduzir os riscos associados à doença e devolver qualidade de vida para o paciente. “O que há é uma série de tratamentos que auxiliam a vida do portador de diabetes a ter uma vida normal, minimizando os riscos. Digo que o paciente de diabetes, se estiver devidamente controlado e seguir todos os processos do tratamento, terá uma vida ainda mais saudável do que quem não possui a doença, devido à alimentação e os melhores hábitos do dia a dia”, destaca a endocrinologista.
É importante destacar, no entanto, que o próprio paciente precisa fazer sua parte para que a doença seja controlada e para que o tratamento traga resultados. “O paciente com diabetes precisa, primeiramente, aceitar que possui a doença”, afirma Priscilla. “Esse é o primeiro grande passo para tratar e viver melhor. Muita gente não acredita nos riscos que essa doença traz e não dá a devida atenção aos sintomas. Acredito que o tratamento do diabetes passa mais de 90% pelo próprio paciente e a forma que ele passa a encarar a vida”.