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Dra. Priscilla Gil

Endocrinologia

Biografia

Dra. Priscilla Gil é graduada em Medicina pela Faculdade de Medicina da UNIRIO e pós-graduada em Endocrinologia pelo Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia Luiz Capriglione (IEDE).

Artigos

Qual a diferença entre os principais tipos de diabetes?

Doença caracterizada pela elevação dos níveis de glicose no sangue, ou hiperglicemia, o diabetes pode ocorrer por diversas causas e em diferentes fases da vida. Seja por questões hereditárias, disfunções no organismo, ou maus hábitos no dia a dia, que geram sedentarismo e/ou obesidade, a doença possui classificações que ajudam a definir o tratamento adequado. Quais são os principais tipos de diabetes? Existem variações em condições específicas, como o diabetes gestacional, mas os principais tipos de da doença são conhecidos como “tipo 1” e “tipo 2”. Os principais fatores que diferenciam os tipos de diabetes são a idade na qual o paciente desenvolve a doença e o grau de comprometimento da produção de insulina. “A grande diferença entre as classificações dos tipos 1 e 2 do diabetes está na produção de insulina e na faixa etária do portador”, explica a endocrinologista Priscilla Gil. “Enquanto o tipo 1 atinge crianças e adolescentes, o tipo 2 acontece em adultos. O tipo 1 é a insuficiência total ou quase total da produção de insulina no pâncreas, já o tipo 2 é um problema parcial dessa produção”.   O que é o diabetes tipo 1?   Essa forma de diabetes é um resultado da destruição das células betas pancreáticas, levando à deficiência total ou quase total de insulina no organismo. Em geral costuma acometer crianças e adolescentes. O quadro clínico mais característico é de um início relativamente rápido (alguns dias até poucos meses). Os principais sintomas são: sede, diurese e fome excessivas, emagrecimento, cansaço e fraqueza. O tratamento para esse quadro é a injeção de insulina na veia, diariamente, além da restrição alimentar, principalmente de açúcares.   O que é diabetes tipo 2?   Grupo que recebe cerca de 90% dos pacientes diabéticos, nesse caso, a insulina é produzida com dificuldade pelas células betas pancreáticas, caracterizando um quadro de resistência insulínica, o que dificulta a manutenção da glicose em níveis normais. A maior razão do aparecimento da doença é a obesidade, principalmente em adultos a partir dos 50 anos. A instalação do quadro é mais lenta e os sintomas são: sede, aumento da diurese, dores nas pernas e alterações na visão. O primeiro passo no tratamento da diabetes tipo 2 é, frequentemente, o controle da alimentação e melhoria dos hábitos de vida, como a prática de atividades físicas regularmente. Complementando as mundanças na dieta e as atividades físicas, alguns medicamentos são eficazes no controle da glicemia.   Diabetes gestacional As gestantes precisam ficar atentas ao diabetes diagnosticado durante a gravidez. Na maioria das vezes ele é detectado no 3º trimestre da gestação, por meio de um teste de sobrecarga de glicose. A doença acomete, principalmente, aquelas mulheres que tiverem história prévia de diabetes gestacional, abortos espontâneos, má formação de fetos, hipertensão arterial, obesidade ou histórico familiar.   Outros tipos de diabetes Outros tipos de diabetes são bem mais raros e incluem defeitos genéticos nas células beta, na ação da insulina, doenças do pâncreas (pancreatite, tumores pancreáticos, hemocromatose) ou outras doenças endócrinas (síndrome de Cushing, hipertireoidismo ou acromegalia, por exemplo).

Diabetes tem cura? Um endocrinologista explica como funciona a doença

Uma das maiores epidemias mundiais, o diabetes tem tratamentos cada vez mais eficazes, que dão muito mais qualidade de vida para aqueles que sofrem com a doença. Apesar de muitos estudos científicos e avanços medicinais na área que, no futuro, podem levar ao fim do problema, ainda incurável, a forma como o paciente encara a doença ainda é fundamental para o tratamento.   O que é o diabetes? Em linhas gerais, o diabetes se caracteriza pela deficiência de produção e/ou de ação da insulina pelo pâncreas, através das chamadas células beta. A função principal da insulina é promover a entrada de glicose para as células do organismo de forma que ela possa ser aproveitada para as diversas atividades celulares. O diabetes está se tornando a epidemia do século e já afeta cerca de 246 milhões de pessoas em todo o mundo. Até 2025, a previsão é de que esse número chegue a 380 milhões. Estima-se também que muitas pessoas que têm diabetes desconhecem a sua própria condição. No Brasil, de acordo com o Vigitel 2007 (Sistema de Monitoramento de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas Não Transmissíveis), a ocorrência média de diabetes na população adulta (acima de 18 anos) é de 5,2%, o que representa 6.399.187 de casos. O diabetes tem cura? A endocrinologista Priscilla Gil acredita que a cura será desenvolvida no médio ou longo prazo, mas é preciso manter os pés no chão, já que ainda são necessárias muitas pesquisas para a criação de uma cura definitiva e que não ofereça muitos riscos à saúde. “Ainda não podemos falar em cura para o diabetes. Ainda há muito para se pesquisar sobre uma cura definitiva”, afirma a médica. O tratamento, no entanto, é eficaz em combater os sintomas, reduzir os riscos associados à doença e devolver qualidade de vida para o paciente. “O que há é uma série de tratamentos que auxiliam a vida do portador de diabetes a ter uma vida normal, minimizando os riscos. Digo que o paciente de diabetes, se estiver devidamente controlado e seguir todos os processos do tratamento, terá uma vida ainda mais saudável do que quem não possui a doença, devido à alimentação e os melhores hábitos do dia a dia”, destaca a endocrinologista. É importante destacar, no entanto, que o próprio paciente precisa fazer sua parte para que a doença seja controlada e para que o tratamento traga resultados. “O paciente com diabetes precisa, primeiramente, aceitar que possui a doença”, afirma Priscilla. “Esse é o primeiro grande passo para tratar e viver melhor. Muita gente não acredita nos riscos que essa doença traz e não dá a devida atenção aos sintomas. Acredito que o tratamento do diabetes passa mais de 90% pelo próprio paciente e a forma que ele passa a encarar a vida”.  

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