De acordo com dados do Ministério da Saúde, mais de 30 milhões de brasileiros sofrem de hipertensão. A doença é caracterizada pelo aumento da pressão sanguínea nas artérias, o que exige um esforço enorme do coração e provoca uma série de complicações em todo o organismo. Os rins, os olhos, o coração e o cérebro são os órgãos mais atingidos pelo problema.
As complicações da hipertensão no cérebro
“A hipertensão é a maior responsável pela incidência de mortalidades cardiovasculares, como o temido acidente vascular cerebral (AVC)”, afirma o cardiologista Benjamin Farbiarz Segal. O médico explica que a crise hipertensiva pode desencadear sintomas como turvação visual, cefaleia, labirintite e alterações na memória.
Existem dois tipos de AVCs e ambos podem ser causados pelo aumento da pressão arterial. Um é conhecido como hemorrágico e ocorre em razão do rompimento de um vaso sanguíneo no cérebro. O outro é o isquêmico e é causado pelo entupimento de um vaso que leva sangue até o órgão. Quando não é fatal, o AVC pode provocar paralisia e dificuldades relacionadas à fala e à memória.
Prevenção e tratamento da hipertensão
A prevenção à hipertensão é de fundamental importância para evitar complicações. “Em 90% dos casos, a hipertensão arterial é silenciosa. Por isso, quando se sente algo já temos diversas alterações nos órgãos alvo, como cérebro e coração”, alerta o médico. Pacientes com histórico da doença na família e com estilo de vida sedentário devem se consultar regularmente para fazer o monitoramento da pressão arterial.
Para Benjamin, o profissional deve avaliar todos os aspectos da vida do paciente que sejam capazes de ocasionar o problema e de interferir no tratamento. O combate à hipertensão passa pelo tratamento de comorbidades derivadas ou não da hipertensão, pela utilização de medicamentos anti-hipertensivos, pela prática de exercícios físicos aeróbios e de resistência e por uma alimentação rica em água, fibras, verduras, legumes e com baixo teor de gordura.