A água é um elemento fundamental para a vida e atua em diversos mecanismos do corpo humano, garantindo uma boa saúde e mantendo tudo em funcionamento. Mas, para tornar seu consumo seguro, ela precisa passar por diversos processos de limpeza com o objetivo de evitar contaminações e doenças, como problemas digestivos. É o que acontece com a água da torneira.
Falta de limpeza da caixa d’água pode contaminar água da torneira
“Geralmente, as companhias de tratamento municipais tratam a água de forma a deixá-la dentro dos parâmetros de potabilidade, isto é, própria para o consumo”, afirma o biomédico Roberto Martins Figueiredo, o “Doutor Bactéria”. Em boa parte dos casos, a água que sai da torneira pode ser consumida, mas é preciso tomar alguns cuidados.
“O problema maior está na caixa d’água, que deve ser higienizada, no mínimo, a cada seis meses”, alerta o especialista. A limpeza deve ser feita com 1 litro de água sanitária para as caixas com capacidade para mil litros, além de panos e esponjas macias para retirar toda a sujeira. A ausência de manutenção das estruturas de armazenamento e de transporte da água pode comprometer a qualidade da bebida.
Vírus e bactérias na água podem causar diarreia e vômitos
A presença de elementos químicos ou microrganismos na água é um risco à saúde humana. “Bactérias, como a Salmonella, vírus, como hepatite, e parasitas, como amebas e a Giardia, podem contaminar a água e levar a várias doenças. Os efeitos clínicos são diarreia, vômitos, febre e outras manifestações”, afirma Figueiredo.
O sinal mais evidente para a contaminação da água é sua cor. Se não estiver transparente, o líquido não deve ser consumido. Cheiros diferentes também são sinais de que algo está errado com a qualidade da água da torneira. Se estiver na dúvida, considere instalar um filtro para ter mais segurança na hora de bebê-la. Os filtros de barro são capazes de reter diversas impurezas, enquanto os filtros mais modernos fazem uma limpeza mais completa.
Dr. Roberto Martins Figueiredo é biomédico, especializado em Saúde Pública pela Fundação Getúlio Vargas e diretor da Microbiotécnica. CRBM: 1003
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