O transtorno obsessivo compulsivo, também conhecido como TOC, atinge não só os doentes, mas interfere na vida de familiares, amigos e cônjuges. A doença requer acompanhamento médico, mas pequenas atitudes no dia a dia podem ajudar no tratamento e contribuir para que aqueles que sofrem com a doença consigam levar uma vida próxima da normalidade.
Apoio da família é fundamental
Dar apoio aos doentes é o primeiro passo para que eles aceitem sua condição e tenham sucesso no tratamento do problema. Quem conhece pessoas com TOC deve procurar entender o transtorno e as dificuldades que dele resultam, como defende a psiquiatra Ana Hounie. “A psicoeducação é o mais importante. É preciso reduzir o preconceito, se informar e seguir as orientações da equipe terapêutica”, afirma a médica. Assim, parentes e outras pessoas próximas podem entender como o tratamento funciona e ajudar na luta.
Segundo a psiquiatra, um dos maiores erros de pessoas próximas é ajudar os sintomas a crescerem durante a luta contra o TOC, o que atrapalha o doente. “Se o paciente tem obsessão com limpeza e a família concorda em não entrar de sapato em casa ou ter uma maquina de lavar roupa só para o paciente, ela estará ajudando a doença e não o paciente”, explica.
Não desista! O tratamento deve continuar
Muitos pacientes tem recaídas ao longo do tratamento, especialmente se não fizerem terapia. Caso isso aconteça, é imprescindível não ceder à doença. Mostre que há uma saída e ajude a lidar com as manias, fazendo listas e desviando o pensamento para outros assuntos. Além disso, se esforce para auxiliar a pessoa no enfrentamento de situações que provocam medo e tensão.
Uma das principais causas para a transformação de compulsões e obsessões no transtorno obsessivo compulsivo é a exposição a situações estressantes, como brigas e discussões, principalmente a respeito do transtorno. Seja compreensivo, atencioso, positivo e evite fazer críticas, já que elas apenas contribuem para deprimir o doente.