O transtorno obsessivo-compulsivo apresenta variações, que vão desde manias capazes de deixar uma pessoa inquieta até casos em que o distúrbio dificulta atividades corriqueiras do dia a dia, como sair para rua, lavar a louça ou trabalhar.
Independentemente da gravidade, o TOC precisa ser levado a sério pelo paciente, por amigos e familiares, para que seja possível voltar à normalidade e ter uma vida como qualquer outra pessoa, mesmo com o problema. É importante também eliminar o preconceito com a doença e se informar o máximo possível.
Sem cura, mas controlável
A doença não tem cura, mas para controlá-la, o tratamento deve ser seguido à risca. “Para uma boa qualidade de vida, é preciso seguir o tratamento adequado, que é através de medicações antidepressivas e psicoterapia, particularmente a Terapia Cognitivo-Comportamental”, afirma o psiquiatra Marcelo Calcagno Reinhardt.
O TOC é conhecido pelas manias e obsessões que se desencadeiam no doente. Estes sintomas jamais devem ser estimulados. Isso significa que a família não deve e não pode adaptar a própria rotina e viver refém da doença. Encarar as barreiras colocadas pelo transtorno é uma etapa importante no superação do TOC.
Tranquilidade é sinônimo para saúde
Controlar a doença também passa necessariamente por uma mudança de estilo de vida. Dias muito corridos, estressantes e cansativos funcionam como um gatilho para crises do TOC, como afirma Reinhardt: “O estresse é ruim para o transtorno, pois pode exacerbar os sintomas quando não estão sob controle, ou fazer com que retornem.”
Marcelo Calcagno Reinhardt é psiquiatra, formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e atua em Florianópolis. CRM-SC: 10573