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    Como funcionam os medicamentos que ajudam a controlar o apetite?

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    De acordo com uma pesquisa realizada em 2013 pelo Ministério da Saúde, cerca de 18% dos brasileiros são obesos. O sobrepeso, no entanto, atinge um número bem maior: 52% da população. A obesidade e o peso acima do recomendado aumentam o risco de desenvolver uma série de problemas, como diabetes, depressão, infertilidade e doenças cardíacas e respiratórias.

    A obesidade requer mudanças no estilo de vida. Mas, nem todos os pacientes aderem aos hábitos necessários, sendo que em alguns casos, o próprio corpo atua contra. “Mudanças comportamentais nem sempre são suficientes para vencer as barreiras biológicas que são ativadas no processo de emagrecimento”, afirma a endocrinologista Daniele Zaninelli.

    O tratamento farmacológico

    Em certos casos, especialistas podem prescrever medicamentos para o tratamento da obesidade e do sobrepeso, como remédios compostos por uma substância chamada sibutramina, que atua no cérebro humano como um moderador de apetite.

    “A sibutramina inibe a recaptação dos neurotransmissores serotonina e noradrenalina nas terminações nervosas do sistema nervoso central”, explica a endocrinologista. Eles atuam no controle da fome, fazendo o corpo acreditar que já está satisfeito e aumentando o gasto de energia. Como consequência, a sibutramina permite a perda de peso.

    Mudança de hábitos

    Para a Dra. Daniele, a obesidade deve ser reconhecida como doença crônica e seu tratamento ser levado a sério. “O tratamento da obesidade tem como pilares a redução do consumo energético e o aumento do gasto metabólico através da prática regular de exercícios físicos”, afirma a médica.

    Muitos pacientes abandonam o tratamento por não ficarem satisfeitos com a perda de peso obtida. Alguns deles querem resultados imediatos e, segundo a profissional, muitos têm pretensões inatingíveis, mas pequenas reduções já melhoram a saúde do corpo. “A perda de 5 a 10% do peso reduz o risco de desenvolver complicações, como o diabetes e doenças cardiovasculares, benefícios que ficam evidentes apenas a longo prazo”, conclui.

    Dra. Daniele Zaninelli é endocrinologista, formada pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e atua em Curitiba. CRM-PR: 16876

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