Os anti-inflamatórios não-esteróides, abreviados como AINEs, são medicamentos capazes de controlar não apenas uma inflamação, mas também a febre e a dor, que normalmente acompanham um quadro inflamatório. Por isso se diz que os três efeitos básicos dos AINEs são antipirético, analgésico e antiinflamatório.
Ação dos anti-inflamatórios no organismo
Os anti-inflamatórios agem no organismo inibindo a ação de uma enzima chamada ciclooxigenase (COX), a qual permite o aumento da produção de uma substância chamada prostaglandina, responsável pelo surgimento do quadro inflamatório. Portanto, o combate à COX diminui a produção da prostaglandina e, consequentemente, combate a inflamação, dor e febre.
“Os anti-inflamatórios atuam em diferentes graus, inibindo a enzima ciclooxigenase (COX), prejudicando a transformação de ácido araquidônico em prostaglandinas, prostaciclinas e tromboxanos”, explica o clínico geral Gabriel Dotta. Ele comenta também que substâncias anti-inflamatórias (antioxidantes) estão presentes em alimentos e ajudam a prevenir o aparecimento de uma série de doenças.
Riscos do uso indiscriminado dos anti-inflamatórios
Apesar dos AINEs serem remédios considerados seguros quando administrados com indicação médica, eles são também muito consumidos pelos pacientes sem essa prescrição de especialista, o que pode trazer riscos. Os anti-inflamatórios provocam efeitos colaterais sérios se seu uso for indiscriminado, especialmente no longo prazo.
“Podem afetar o coração, os rins e o trato gastrointestinal quando utilizados com abuso, tanto na dose quanto na duração. Os principais efeitos são infarto agudo do miocárdio, úlcera péptica, insuficiência renal e hipertensão arterial. O médico sempre deve prescrever e escolher o melhor anti-inflamatório para cada caso e cada paciente”, completa o médico.
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