Tem extrema dificuldade para dormir, sempre acorda no meio da noite ou desperta muito cedo involuntariamente? Fique atento, você pode ter insônia, um distúrbio persistente que pode surgir sozinho ou como consequência de um outro problema de saúde, como algum transtorno psiquiátrico, ou uso de drogas.
O que é a insônia?
Dificuldade ocasional para dormir não é a mesma coisa que insônia. “A insônia é uma dificuldade persistente para iniciar ou manter o sono ao longo da noite, ou ainda problemas com a qualidade do sono”, afirma a psiquiatra e especialista em medicina do sono Camilla Pinna. A insônia altera o humor, gera cansaço e dificuldades relacionadas à concentração, atenção e memória.
Para descobrir se você tem insônia é importante consultar um médico. O diagnóstico é feito a partir de uma entrevista clínica e de um teste físico. Alguns casos requerem exames complementares para detectar a causa da insônia ou ainda para excluir a possibilidade de presença de outros problemas de saúde que podem estar interferindo no sono.
Grupos de risco
Existem grupos de pessoas que são suscetíveis a desenvolver o distúrbio. “A insônia crônica, ou seja, com duração superior a três meses, é mais frequente em mulheres e idosos”, explica Camilla. De acordo com a psiquiatra, portadores de doenças crônicas, problemas respiratórios ou psiquiátricos, como ansiedade e transtorno bipolar, também têm mais chances.
O tratamento da insônia deve passar por uma mudança de hábitos saudáveis, incluindo a redução do consumo de cafeína, tabaco e bebidas alcoólicas, a prática de exercícios físicos e a organização de horários fixos para dormir e acordar. Também é recomendada a terapia cognitivo-comportamental, considerada como principal tratamento para a insônia primária e, quando necessário, medicamentos prescritos por um especialista.
Camilla Moreira de Sousa Pinna é psiquiatra formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e atua no Rio de Janeiro. CRM-RJ: 52-82109-8