Para definir o tratamento para hemorroidas é preciso antes saber qual o tipo da doença, ou seja, se é uma hemorroida interna ou externa, bem como a sua intensidade. Dependendo do grau da lesão, o tratamento poderá ser clínico ou cirúrgico, sendo este último o procedimento adotado nos casos mais graves.
Comer frutas, verduras e legumes e não usar papel higiênico ajuda tratar as hemorroidas
“As hemorroidas internas recebem uma graduação (grau 1 à 4). As externas geralmente se manifestam por episódios agudos de trombose, os quais também, dependendo do estágio em que esteja essa trombose, podem ser tratados sem cirurgia de hemorroida”, comenta o coloproctologista Leonardo Iezzi.
Independentemente da forma da doença, o primeiro passo para tratar é sempre a mudança de alguns hábitos de vida. “O paciente deve ser alertado que os principais fatores a serem corrigidos e tratados são os hábitos alimentares e de higiene. Deve-se atentar à dieta e aumentar a ingestão de fibras (frutas, verduras e legumes), buscar a hidratação correta (3 litros de água por dia em adultos) e evitar ao extremo o uso de papel higiênico. Além de não oferecer a higienização correta, traumatiza o ânus, podendo levar a fissuras ou piora das hemorroidas”.
Tratamento de hemorroidas com remédios e a possibilidade de cirurgia
Após avaliar a classificação e o local da doença o proctologista pode ainda utilizar de medicações tópicas ou orais (antiinflamatórios, venotônicos, analgésicos), caso julgue necessário. “Se houver indicação cirúrgica, o cirurgião deve estar habilitado para escolher a melhor técnica, baseada no grau da doença, visando a resolução total do problema com o mínimo de complicações possíveis”.
“A doença hemorroidária é multifatorial e ocorre devido a fatores genéticos (alterações no colágeno e na estrutura de vasos sanguíneos do plexo hemorroidário), fatores ambientais (trabalhos ou atividades que elevam a pressão intra-abdominal e no assoalho pélvico) e fatores alimentares (dieta pobre em fibras e má hidratação, o que leva à constipação intestinal e ao esforço evacuatório). Quando surgem as manifestações clínicas, geralmente é possível identificar a associação de, no mínimo, dois desses fatores”, finaliza o profissional.
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