Reduzir o estômago é seguro? Todo mundo que sofre com obesidade pode realizar a cirurgia? São perguntas como essas que são feitas diversas vezes por pessoas que estão muito acima do peso e buscam uma solução para “não brigar” mais com a balança e ter finalmente uma vida saudável.
Saiba mais sobre este procedimento cirúrgico, que vem cada vez mais sendo utilizado no Brasil – houve um aumento de 45% nas cirurgias realizadas pelo SUS de 2010 para 2013, segundo números do Ministério da Saúde.
Quem pode fazer a cirurgia?
A cirurgia bariátrica não é uma operação simples e não são todos os casos de obesidade que são propícios para a intervenção. Cada paciente tem o caso analisado de forma individual, conta a nutricionista Tatiana Vizani: “A avaliação deve ser individual. A Organização Mundial de Saúde (OMS) preconiza obesos com IMC acima de 35kg/m2 associado a uma outra complicação como: hipertensão arterial, diabetes, nível elevado de gordura no sangue ou obesos acima de 40 kg/m2 que não tenham obtido sucesso em outros tratamentos”.
IMC significa Índice de Massa Corporal e é uma medida utilizada para medir a obesidade. O cálculo do IMC é feito dividindo o peso, em quilogramas, pela altura, em metros, ao quadrado (Xkg/Ym²).
Quais são os riscos?
Os pacientes que aceitarem fazer a cirurgia precisam conhecer bastante os riscos e os benefícios da mesma. A orientação e os exames antes e depois da operação são fundamentais no processo: “Qualquer intervenção cirúrgica é de risco, os pacientes devem fazer exames laboratorial e clínico, devem ser avaliados por uma equipe multidisciplinar no pré e pós-operatório”, destaca Tatiana.
Até a data da cirurgia, o paciente tem que estar com todos os exames em dia e ter sido atendido por nutricionista e psicólogo. Feito isso, há a liberação para a operação de redução do estômago. Estudar o profissional responsável para cirurgia é fundamental para evitar complicações e até a morte.
Dieta passo a passo após a cirurgia
Uma vez feita a cirurgia, a dieta que vem pela frente é radical e delicada até que tudo se normalize. Tudo isso para o paciente se adaptar às recentes mudanças realizadas no sistema digestivo. E é neste momento que entra o papel importante dos nutricionistas no acompanhamento passo a passo dos operados: “A dieta deve ser evoluída gradualmente e de acordo com a individualidade de cada paciente. Ela se inicia com uma dieta líquida com pequeno volume, evolui para uma dieta pastosa, onde inclui cremes, mingau, purês doces e salgados também em pequenas quantidades. Após uma dieta branda, chega a hora de uma fase de transição com alimentos macios até finalmente uma dieta regular”, relata a especialista.
Devido à mudança drástica no comportamento alimentar, o acompanhamento nutricional é indispensável em todas as fases citadas acima para garantir uma adequação dos nutrientes, calorias e uma boa recuperação no pós-operatório.