Luis R. da Silva mora na cidade de Campo Maior, no Piauí, um pequeno município com apenas 45 mil habitantes. Hoje, aos 77 anos de idade, está aposentado, mas ao longo de seus últimos anos de trabalho, atuava como bancário. Em um dia sem grandes acontecimentos, tomava café com um colega até começar a notar alterações em sua visão.
Acidente vascular cerebral (AVC) pode causar perda da visão
“De repente, comecei a ver diferente. Minha visão estava cheia de pontinhos pretos. Meu colega me ajudou, eu fui embora, mas foi piorando com o tempo”, conta o piauiense. Silva foi levado a um hospital na capital Teresina, onde um médico neurologista detectou que o caso se tratava de um derrame, também chamado de acidente vascular cerebral (AVC).
O tratamento proposto pelo médico não funcionou como desejado, o que gerou consequências irreversíveis para o paciente: “Logo depois do derrame, eu ainda conseguia enxergar um pouco em um olho, mas a visão começou a piorar e doía muito. Como a medicação não adiantou muito, eu parei de tomar e acabei perdendo a visão”.
Derrames podem afetar a fala e provocar dor de cabeça
“O AVC pode causar cegueira total ou parcial se acometer a área correspondente à visão no cérebro”, afirma a cardiologista Ana Catarina Periotto. Outros sintomas envolvem mudanças na fala, confusão mental, perda da força e formigamento no rosto, pernas e braços, além de dor de cabeça, náuseas e vômitos.
Devido à complicação, o aposentado precisou mudar o tratamento. “Faz três anos que estou tomando outro remédio para prevenir outro derrame. Agora, me sinto bem e não tive mais nenhuma complicação”, explica. Apesar de ter a sensação de que o perigo passou, o ex-bancário continua se consultando com seu médico para deixar a saúde em dia.
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