Apesar das razões que levam ao desenvolvimento do TOC (transtorno obsessivo-compulsivo) ainda não estarem totalmente esclarecidas, sabe-se que o distúrbio psiquiátrico se manifesta por meio das obsessões e das compulsões que lhe dão nome. Em alguns casos, o problema pode não atrapalhar de forma intensa a vida do paciente e de sua família, mas em outros os rituais podem se tornar rotina e causar prejuízos.
O que são obsessões?
Para falar das compulsões, é preciso entender as obsessões. São pensamentos, ideias e imagens que invadem a mente de um indivíduo com TOC e se tornam repetitivos e indesejáveis. Muitos casos envolvem questões de higiene e saúde, como o medo excessivo de ser contaminado ao tocar um objeto.
Além desses assuntos, as obsessões podem também costumam envolver simetria, sujeira, morte e sexualidade. Elas provocam ansiedade e estresse nos pacientes com TOC e, sem o tratamento adequado, levam a uma piora do quadro. Para aliviar o desconforto causado pelas obsessões, o indivíduo recorre aos rituais compulsivos.
Entendendo as compulsões
“As compulsões são comportamentos também repetitivos, feitos sempre da mesma forma e que visam aliviar o estresse emocional causado pelas obsessões”, afirma o psiquiatra Maurício Henriques Serpa. Se ele tem medo de estar contaminado, ele irá se banhar e lavar as mãos repetidamente.
Em geral, as principais formas de compulsões são manifestadas fisicamente, mas existem aquelas que fogem da regra. “Algumas não são físicas, como contar, repetir palavras e frases ou ainda relembrar repetidamente uma cena, pois a pessoa pode fazer isso mentalmente”, explica o psiquiatra Marcelo Calcagno Reinhardt.
Dr. Maurício Henrique Serpas é psiquiatra formado pela Faculdade de Medicina da USP e atua em São Paulo. CRM-SP: 129360
Dr. Marcelo Calcagno Reinhardt é psiquiatra formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e atua em Florianópolis. CRM-SC: 10573