A ansiedade, em boa parte dos casos, é uma sensação considerada normal e até boa, já que ajuda o indivíduo a estar mais atento e a se proteger em situações de perigo e de mudanças. No entanto, há pessoas que experimentam níveis muito altos de ansiedade, considerados patológicos e divididos em leve, moderado ou grave. Cada intensidade deve ser tratada de forma adequada para evitar uma piora do quadro.
Se não for tratada, ansiedade pode atrapalhar desempenho no trabalho
“Os transtornos ansiosos são condições crônicas. Se não forem tratados, a tendência é que se agravem com o passar do tempo. Os sintomas que, no início do quadro, quase não incomodam ou mal são notados pelo paciente e pelos familiares, passam a incapacitar o indivíduo”, afirma o psiquiatra Gustavo Faria.
A ansiedade leve pode provocar dificuldades para se concentrar nos estudos e no trabalho, além de causar problemas para dormir, seja interrompendo o sono ou atrapalhando sua chegada. Nos casos de ansiedade moderada e grave, esses sintomas são ainda piores, atrapalhando fortemente a rotina e podendo até gerar sintomas físicos, como dor de cabeça e tremedeiras.
Ansiedade leve pode ser tratada com psicoterapia
O primeiro passo para fazer o tratamento é procurar um psiquiatra, que será capaz de analisar o quadro de maneira completa. “Após uma avaliação, será verificada a necessidade de medicação e da psicoterapia. Geralmente, nos transtornos de ansiedade leve, pode ser tentada uma medida não medicamentosa, que é a psicoterapia cognitivo-comportamental“, explica a psiquiatra Ana Paula Bechara Marquezini Gazolla. Para casos leves, também podem ser utilizados produtos fitoterápicos, com extratos vegetais com efeito calmante, como a passiflora. Por isso, converse com seu terapeuta, que vai indicar o melhor caminho para o seu quadro.
No entanto, quando a ansiedade leve não é tratada a tempo e se agrava, o uso de medicamentos se torna essencial para prevenir uma nova piora. “Alguns casos não tratados de ansiedade podem até evoluir para uso de substâncias e até para um transtorno depressivo. O tratamento e seu seguimento são muito importantes”, conclui a profissional.
Dra. Ana Paula Bechara Marquezini Gazolla é psiquiatra com residência médica pelo Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (MG). CRM-SP: 165290
Dr. Gustavo Faria é psiquiatra formado pela Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto e atua em Ariquemes (RO). CRM-RO: 5340 – Facebook
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