Quem sofre com a osteoartrite sabe o quanto pode ser difícil se locomover. A doença acaba gerando um grande desconforto até mesmo em atividades comuns no dia a dia, já que doença, caracterizada pelo processo degenerativo das cartilagens que revestem as articulações, pode causar dor aguda, prejudicando o movimento. Além do tratamento com remédios, no entanto, o paciente pode conseguir uma melhor qualidade de vida com medidas que visam fortalecer a musculatura local e também com o uso de bengalas ou muletas, que reduzem o estresse nas articulações afetadas.
Como a doença atinge o corpo?
A osteoartrite é um processo crônico, evolutivo e que pode atingir qualquer articulação do corpo, sendo os dedos, joelhos, quadril, coluna cervical, coluna lombar e pés as mais atingidas. “As alterações estruturais modificam a mecânica articular, tornando-as menos tolerantes às cargas cotidianas. Os episódios de exacerbação da dor se devem à crises inflamatórias em uma articulação já acometida por degeneração”, explica Dr. Jonas Lenzi de Araújo, especializado em Ortopedia e Traumatologia. “Por ser uma patologia de caráter evolutivo e degenerativo, não há cura para a osteoartrite”.
Como a bengala ajuda no tratamento?
O médico afirma que otimizar o funcionamento equilibrado da musculatura ao redor das articulações é uma parte importante do tratamento, que também conta com remédios, fundamentais na redução da dor. “Medicamentos são prescritos para o controle da dor e provaram-se eficazes para minimizar a inflamação cartilaginosa”, explica. Dispositivos como bengalas e muletas são opções para os pacientes minimizarem as assimetrias na postura, geradas pela osteoartrite, bem como as dores ou fraquezas musculares causadas pela doença. “Elas podem diminuir pela metade as cargas sobre os membros acometidos pela osteoartrite, gerando menos estresse articular e prevenindo crises de dor acentuada”, diz Araújo.
Outras medidas importantes no tratamento
A prática regular de atividades físicas é uma ferramenta importante para o reequilíbrio muscular, pois ajuda a reduzir a pressão nas articulações, reduzindo a dor no longo prazo. “Terapias alternativas, como acupuntura, osteopatia e terapia cognitivo-comportamental também fazem parte do arsenal terapêutico e podem funcionar como medidas paliativas”, conclui o especialista.
É fundamental, no entanto, se consultar com um especialista, que vai recomendar o melhor tratamento com base na manifestação individual da doença e seus sintomas.
