A rotina agitada do mundo moderno vem causando cada vez mais estresse e esse estilo de vida agitado pode trazer consequências perigosas para a saúde. Uma delas é a hipertensão. Considerada uma doença crônica, caracteriza-se pela elevação da pressão arterial para números acima dos considerados normais, o que aumenta riscos de problemas em várias áreas do corpo, como coração, olhos e até mesmo o cérebro. Especialistas, entretanto, afirmam que com o devido controle da doença o paciente pode levar uma vida normal. Como controlar a hipertensão? O que a medicina tem oferecido de mais moderno nesse tratamento?
O estresse contribui para as doenças do coração
O estresse é um grande inimigo do coração e está presente em quase toda a população, sem distinção de idade, basta lidar com as pressões da vida moderna. “Em momentos de estresse ocorre liberação de grande quantidade de hormônios como adrenalina e cortisol. Quem vive essa rotina diariamente mantém altos níveis hormonais”, explica a cardiologista Dra. Louise Henriques Antunes. “A adrenalina circulante aumenta os batimentos cardíacos e níveis de pressão arterial”. O aumento de cortisol está associado a complicações cardiovasculares em indivíduos suscetíveis, ou seja, uma rotina estressante é um dos fatores principais para o desenvolvimento da hipertensão.
Monoterapia é indicada para o tratamento inicial
A monoterapia, ou seja, uso de um único medicamento, tem sido a estratégia para pacientes em tratamento inicial com hipertensão de risco baixo a moderado. São eles: os diuréticos tiazídicos, que diminuem o volume sanguíneo no organismo e, consequentemente, reduzem a pressão; os bloqueadores dos canais de cálcio; os inibidores de enzimas que reduzem a pressão dilatando as artérias; e os bloqueadores adrenérgicos agem no sistema nervoso responsável pelo aumento de pressão em resposta ao estresse. “Essas medicações, dadas às peculiaridades de cada paciente podem ser indicadas. Mas na grande maioria dos casos, o uso de uma única medicação não é suficiente, portanto, o médico faz uma combinação de drogas anti-hipertensivas para buscar o controle ideal”.
Monoterapia é indicada para o tratamento inicial
O tratamento com apenas um medicamento, ou monoterapia, é uma das principais estratégias para o controle inicial da doença em pacientes hipertensos de risco baixo a moderado. Os pacientes que nao respondem bem à monoterapia podem se beneficiar da associação de anti-hipertensisivos de diferentes classes, como: diuréticos tiazídicos, que diminuem a quantidade de água e sódio no organismo, reduzindo a pressão; bloqueadores dos canais de cálcio; inibidores da enzima conversora de angiotensina; alfa bloqueadores, beta bloqueadores , bloqueadores do receptor AT1 e os vasodilatadores diretos. “Essas medicações, dadas às peculiaridades de cada paciente, podem ser indicadas”.
Mudança do estilo de vida: um pilar fundamental no tratamento
O tratamento medicamentoso sem a mudança de comportamentos e estilo de vida torna-se paliativo e dificilmente trará os resultados desejados. “O mais importante é o paciente aceitar as mudanças. É preciso descobrir e afastar o fator que pode estar contribuindo para a gênese da hipertensão”, orienta a médica, que também ressalta a importância de uma educação continuada e multidisciplinar com nutricionista, psicólogo, profissional de educação física, além, é claro, do cardiologista. A prática de exercícios físicos, diminuição no consumo de álcool e uma dieta com pouco sal contribuem para uma vida mais saudável. “A dieta DASH – Dietary Approaches to Stop Hypertension, (“Abordagens Dietéticas para Parar a Hipertensão”, em tradução livre) está em evidência e é rica em vegetais, frutas, produtos com baixo teor de gordura, grãos, peixes entre outros”, conclui.