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A alimentação pode desencadear ou agravar um quadro de depressão?

Nutrição

Por Adriana Ávila

19 de outubro de 2023

Comer um brigadeiro, cair dentro do churrasco do fim de semana… A alimentação pode ser uma forma de buscar prazer para muitas pessoas. Mas quando a comida vira a única fonte de prazer de alguém, sem critérios ou cuidados, ela pode se tornar também um problema para a saúde. A alimentação passa a ser uma válvula de escape, uma muleta para os momentos difíceis. E isso pode colocar em risco não só a saúde física, como a psicológica.

Excesso de peso, aumento da pressão arterial e elevação do colesterol não são as únicas consequências de como a alimentação desregrada pode afetar a saúde. O comer sem controle pode ser uma característica de quem quer chamar a atenção ou passar um aviso de que não está bem e precisa de ajuda. Muitas vezes o motivo pode ser a depressão. “A depressão é multifatorial, então não podemos colocar a culpa do surgimento dela apenas em alimentos. Mas quando a pessoa tem uma alimentação com excesso de algumas substâncias e deficiência de outras importantes, ela fica mais predisposta à depressão”, explica a nutricionista Adriana Ávila.  

O exagero e a falta de apetite

Algumas substâncias que podem ser prejudiciais em excesso são: gordura saturada (carnes, leites e derivados), gordura trans (bolachas, doces, sorvetes cremosos), açúcares e álcool. Já o pouco consumo de fontes de magnésio, ômega 3, vitamina B6 e D e zinco também pode influenciar na predisposição. “A alimentação inadequada sozinha não é uma causa isolada para depressão. Mas as pessoas que ficam muito tempo sem comer e, quando comem, exageram nas quantidades, podem interferir na insulina e na glicose do sangue”, alerta Adriana.

Em geral, as pessoas com depressão apresentam falta de apetite e não se alimentam bem, o que pode resultar na diminuição do peso também. Inclusive, se ver com excesso ou pouco peso pode deixar a pessoa ainda mais insatisfeita com o próprio corpo, gerando ainda mais tristeza e introspecção. Não é apenas a melhora da alimentação que ajudará a curar a depressão. É preciso do acompanhamento de profissionais e, muitas vezes, de medicação, mas investir em alimentos com triptofano (atum, salmão, banana, abacate), cálcio (iogurtes e leites magros), magnésio (soja, feijões, beterraba), vitaminas B, C e zinco podem colaborar com a melhora do ânimo e o psicológico.

 

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