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Tipos de dor de cabeça: lado que dói faz diferença?
Quem nunca sentiu esse incômodo que atire a primeira pedra. A dor de cabeça é uma experiência comum, mas suas causas e características variam amplamente. Com mais de 150 tipos catalogados, entender as nuances desse sintoma é o passo um para buscar alívio e evitar complicações. Entenda a seguir! Tipos de dor de cabeça: lado que dói importa? Os tipos de dor de cabeça se dividem em duas categorias: primárias e secundárias. As cefaleias (dores de cabeça) primárias são as mais comuns: Enxaqueca: dor pulsátil, geralmente unilateral, acompanhada de náuseas, vômitos e sensibilidade à luz e som. Cefaleia tensional: dor em aperto, como uma faixa na cabeça, geralmente bilateral e de intensidade leve a moderada. Cefaleia em salvas: dores intensas e súbitas, unilaterais, com lacrimejamento e congestão nasal. Já as cefaleias secundárias são causadas por outras condições, como sinusite, hipertensão, lesões na cabeça ou tumores cerebrais. Segundo Donizeti Cesar Honorato, médico generalista, existem 150 causas de dores de cabeça, sendo a enxaqueca a mais frequente. O médico explica que a localização da dor não significa muito. “Não é tão importe de que lado a dor de cabeça surge, o importante é saber se ela aparece mais na metade da cabeça ou na cabeça inteira dos dois lados; e se ela fica pulsando como se tivesse um coração batendo na cabeça em vez de no peito”, diz. Ele explica que as dores que afetam metade da cabeça podem indicar enxaqueca, enquanto as dores na cabeça inteira podem estar relacionadas a cefaleias tensionais ou outras condições de saúde. Já a sensação de pulsação, como se houvesse um “coração na cabeça”, é uma característica comum da enxaqueca que pode ajudar a diferenciá-la. “Por exemplo, as dores na região posterior da cabeça e no pescoço estão mais relacionadas às Cefaleias Tensionais, já aquelas sobre os olhos podem ser sintoma de sinusite”, diz. Além disso, é importante estar atento a outros sintomas que podem acompanhar a dor de cabeça, como: Náuseas e vômitos Sensibilidade à luz e ao som Alterações na visão Febre Rigidez no pescoço Confusão mental Se a dor de cabeça for intensa, súbita, persistente ou acompanhada de algum desses sintomas, é fundamental procurar atendimento médico para um diagnóstico preciso e tratamento. Remédios para dor de cabeça e a automedicação Se você sente dores de cabeça constantemente, saiba que o sintoma pode ter diversas causas, incluindo: Estresse e tensão muscular Má postura Problemas de visão Distúrbios do sono Uso excessivo de medicamentos Condições médicas subjacentes Quando a dor aparece, a maioria das pessoas recorre aos analgésicos vendidos sem prescrição médica, como o famoso ibuprofeno, capazes de trazer alívio a dores de cabeça leves a moderadas. No entanto, é importante cautela, pois o uso excessivo pode levar a: Dor de cabeça por uso excessivo de medicamentos (efeito rebote) Problemas gastrointestinais Danos aos rins e fígado Interações medicamentosas A automedicação não é indicada por um motivo significativo: ela pode mascarar sintomas, dificultando o diagnóstico e tratamento da causa da dor. Honorato instrui que os analgésicos podem ser usados por, no máximo, 3 dias. Se o incômodo persistir ou ficar mais intenso, a recomendação é procurar atendimento médico o quanto antes. “A automedicação não é legal. O uso abusivo de medicamentos anti-inflamatórios, como o Ibuprofeno, pode causar dores crônicas muito difíceis de tratar” alerta o médico.
Demência Vascular: O que é, causas, sintomas e tratamento
A demência vascular é um tipo de demência que ocorre devido a problemas no fornecimento de sangue ao cérebro, geralmente causados por uma série de pequenos derrames. É a segunda forma mais comum de demência após a doença de Alzheimer. A condição é complexa e pode progredir de maneiras imprevisíveis, afetando a memória, o raciocínio e a capacidade cognitiva de maneiras variadas. Compreender melhor a demência vascular pode ajudar pacientes e cuidadores a prepararem-se e a gerenciar a condição de maneira mais eficaz. Causas e Fatores de Risco A demência vascular é causada por condições que bloqueiam ou reduzem o fluxo de sangue para várias regiões do cérebro. Isso priva as células cerebrais de nutrientes essenciais e oxigênio, resultando em danos ao cérebro. Os fatores de risco associados à demência vascular incluem: Hipertensão: A pressão alta pode danificar os vasos sanguíneos, aumentando o risco de hemorragias ou coágulos. Diabetes: Mau controle dos níveis de açúcar no sangue pode aumentar o risco de problemas vasculares. Colesterol alto: O excesso de colesterol pode levar a acumulação de placas nos vasos sanguíneos, dificultando o fluxo sanguíneo. História de derrame: Pessoas que já tiveram um acidente vascular cerebral estão mais propensas a desenvolver demência vascular. Outros fatores, como fumar, sedentarismo e dietas pobres, podem também aumentar o risco de desenvolvimento da condição. Sintomas Os sintomas da demência vascular podem variar amplamente, dependendo das áreas do cérebro afetadas e da gravidade do dano. Estes podem incluir: Problemas de memória: Embora semelhante ao Alzheimer, a memória em casos de demência vascular pode ser menos impactada no início. Dificuldades de planejamento e raciocínio: Os pacientes podem encontrar problemas para executar tarefas que requerem o raciocínio complexo. Alterações de humor ou comportamento: Sintomas como depressão, apatia ou agressividade podem surgir. Confusão: Os pacientes podem ficar desorientados quanto ao tempo e espaço. A gravidade e a progressão dos sintomas podem flutuar, frequentemente piorando após novos pequenos derrames. Diagnóstico Diagnosticar demência vascular pode ser desafiador, pois compartilha sintomas com outros tipos de demência. Um diagnóstico preciso geralmente envolve: Avaliações de Cognitivas: Testes de memória e habilidades cognitivas ajudam a avaliar o impacto no funcionamento mental. Exames de Imagem: A ressonância magnética (RM) ou tomografia computadorizada (CT) podem detectar alterações na estrutura cerebral e sinais de derrames. Análise de Histórico Médico: Considerar o histórico médico e as condições de saúde associadas pode auxiliar na confirmação do diagnóstico. Tratamento e Manejo Não há cura para a demência vascular, mas tratamentos podem ajudar a controlar os sintomas e prevenir novos danos cerebrais. Isso inclui: Tratamento de Condições Subjacentes: Controlar a hipertensão, diabetes e colesterol alto é essencial para prevenir a progressão da doença. Medicamentos: Podem incluir anticoagulantes, antiplaquetários e outros destinados a melhorar o fluxo sanguíneo cerebral. Modificações no Estilo de Vida: Parar de fumar, manter uma dieta saudável e realizar atividade física regular são medidas importantes. Prevenção A prevenção da demência vascular envolve a redução dos fatores de risco vascular. Isso pode incluir a adoção de hábitos de vida saudáveis e o gerenciamento eficaz de condições crônicas. Estratégias de prevenção eficazes incluem: Manutenção de um Estilo de Vida Saudável: Alimentação equilibrada e exercícios regulares podem melhorar a saúde vascular. Monitoramento Médico Regular: Exames frequentes para controlar diabetes, pressão alta e colesterol podem prevenir danos cerebrais. Educação e Suporte: Programas de educação para pacientes e cuidadores podem aumentar a conscientização e melhorar a gestão geral da saúde. Considerações Finais A demência vascular representa um desafio significativo, impactando não apenas as capacidades cognitivas, mas também a qualidade de vida dos pacientes e de suas famílias. O reconhecimento precoce dos sintomas e a intervenção médica adequada são fundamentais. Apoio contínuo e educação são essenciais para gerenciar a progressão da condição e melhorar o bem-estar do paciente. A consciência por parte dos cuidadores sobre a complexidade da doença pode facilitar um cuidado mais efetivo e humano. Com os avanços em pesquisa e tratamento, há esperança de que as abordagens se tornem cada vez mais eficazes.
Enxaqueca com aura é perigoso?
Por si só, a enxaqueca com aura não é considerada perigosa. No entanto, seus efeitos a longo prazo podem deixar sequelas e desencadear outras doenças. Para explicar tudo sobre esse assunto, entrevistamos o neurologista Dr. Mauricio Hoshino. Detalhamos tudo para você neste guia completo. A enxaqueca com aura pode matar? Ainda não existem estudos que comprovem que a enxaqueca com aura é fatal. Entretanto, o médico detalha que “Além do impacto na qualidade de vida das pessoas com crises de enxaqueca frequentes e intensas, a enxaqueca com aura está associada a alguns riscos a longo prazo.” Isso porque, pesquisas sugerem que indivíduos com esse tipo de enxaqueca apresentam um risco aumentado de desenvolver eventos vasculares, como acidentes vasculares cerebrais (AVC). Essa chance aumenta principalmente em mulheres jovens, fumantes e que fazem uso de anticoncepcionais hormonais. Além da associação com risco aumentado para AVC isquêmico, a doença pode evoluir para um caso crônico, com crises cada vez mais frequentes e que não respondem às medicações usuais. No fim, isso colabora para o uso excessivo de analgésicos, conta o médico, o que por si só favorece a ocorrência de novas crises, gerando um ciclo vicioso. Outro efeito frequente, o profissional cita, é “A evolução da enxaqueca com aura para o chamado status migranoso, uma condição em que a crise de enxaqueca dura mais de 72 horas, e pode exigir hospitalização”. Assim, apesar de essas complicações serem raras, é importante que pacientes com aura sigam um acompanhamento médico frequente para monitorar os sintomas e minimizar os riscos. Em geral, a enxaqueca com aura não é fatal Em geral, a enxaqueca com aura não é fatal, mas outras doenças que ela propicia podem ser. Como mencionado pelo neurologista, “A relação exata entre enxaqueca com aura e AVC continua sendo estudada, mas há evidências de que a enxaqueca com aura está relacionada a uma ligeira elevação do risco de eventos cardiovasculares e cerebrais fatais”. Embora a maioria das crises seja reversível e não cause sequelas permanentes, se acontecerem com frequência, é comum despertarem sintomas como dificuldade de memória, concentração e outros prejuízos cognitivos. Além disso, transtornos de humor como ansiedade e depressão também podem piorar os casos de dor crônica, e devem ser monitorados. Outro fator a ser investigado, nesses casos, é a genética. Familiares de pessoas com enxaqueca sem aura têm um risco 1,9 vezes maior de ter esta desordem e 1,4 vezes maior de sofrer enxaqueca com aura, de acordo com um estudo publicado pelos Arquivos de Neuro-Psiquiatria, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Assim, é importante ter conhecimento dessas possíveis sequelas quanto antes, e realizar um tratamento preventivo. A enxaqueca com aura pode deixar sequelas a longo prazo Embora a conexão exata ainda não seja completamente compreendida, a literatura científica aponta uma associação entre a enxaqueca com aura e o desenvolvimento de doenças cardíacas. Uma pesquisa publicada no Global Cardiology Science e Practice ressalta a recorrência de infarto do miocárdio, angina pectoris (síndrome causada por uma insuficiência de oxigênio e sangue no músculo cardíaco) e outros problemas em quem tem essa condição. Além disso, o que a faz ser mais perigosa é que a enxaqueca com aura está relacionada com outras arritmias cardíacas, principalmente a fibrilação atrial. Portanto, pessoas com essa condição devem fazer acompanhamento frequente com um cardiologista para detectar possíveis distúrbios cardiovasculares. Para evitar as sequelas da enxaqueca com aura, é preciso mudar hábitos Para minimizar os riscos de complicações e de que a enxaqueca com aura seja perigosa, o foco do paciente deve estar em adquirir hábitos que garantam qualidade de vida. Portanto, o médico indica que é “Preciso aderir à prática de atividade física regular, técnicas de relaxamento e evitar o tabagismo”. Além disso, é necessário ter um controle especial da dieta, e evitar possíveis gatilhos para as crises de dor, como uso excessivo de cafeína, álcool, privação de sono e estimulantes. Principalmente porque, apesar de ajudarem, os medicamentos não podem ser a única base do tratamento. Por isso, os médicos envolvidos no tratamento devem ter atenção aos medicamentos prescritos e orientar bem os pacientes quanto ao risco do quadro se tornar crônico. Além disso, o Dr. Maurício adverte contra a automedicação, já que só um profissional pode fazer a “Introdução de medidas farmacológicas e não farmacológicas, como a acupuntura, que não é mais um tratamento considerado alternativo pela qualidade de evidências científicas descritas em publicações e revisões ao longo do tempo”, ele finaliza.
Fascite plantar: o que é, sintomas e tratamento
A fascite plantar é uma condição que causa inflamação na fáscia plantar, o tecido que liga o calcanhar aos dedos do pé. Ela é caracterizada por sintomas como dor nas partes baixas do pé, como sola, calcanhar e tornozelo. Assim, a depender de sua gravidade, pode durar de algumas semanas a meses. Uma estimativa encontrada em um artigo do Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences prevê que uma em cada 10 pessoas terão dor no calcanhar ao longo da vida. Como essa é uma das causas mais frequentes de problemas nos pés, é importante entender tudo sobre fascite plantar. Para ajudar com essa tarefa, conversamos com o ortopedista Dr. André Tsai. Ele nos explicou mais sobre os sintomas, tratamento e medicamentos que podem ajudar na fascite plantar. Reunimos tudo para você neste guia completo. O que é e quais são as causas da fascite plantar? “A fascite plantar é uma inflamação no tecido espesso localizado na planta do pé, que gera dor principalmente na parte do calcanhar”, define o médico. Entre os principais fatores de risco para seu desenvolvimento, se destacam a idade entre 40 e 60 anos, a prática de atividade física de alto impacto, obesidade e o uso de calçados inadequados. Outros pontos de atenção são o sedentarismo e o desnivelamento de quadril. Em uma pesquisa publicada pela Revista Brasileira de Ortopedia feita com uma amostra de 50 pacientes, o índice de massa corporal (IMC) e calçados com amortecimento inadequado foram associados de maneira significativa à dor na fascite plantar. Além disso, ela pode surgir após alguma alteração na anatomia do pé (como sequela de fraturas, e outros). Ter atenção a essas possibilidades é importante, já que ainda não foi descoberta uma causa exata para a fascite plantar, como reforça outro estudo publicado pela Revista Brasileira de Ortopedia. O principal sintoma da fascite plantar é a dor intensa O principal e primeiro sintoma da fascite plantar é a dor no calcanhar, geralmente nas primeiras pisadas da manhã ou quando se levanta após longo tempo sentado. Isso acontece, segundo o ortopedista, porque, “ao colocar o pé no chão, essa fáscia sofre um alongamento e provoca tal inflamação”. O incômodo tende a piorar com atividades que envolvem ficar muito tempo em pé, caminhar ou correr. Em outros casos, podem ocorrer sinais como inchaço e vermelhidão. Nessas situações, é importante ter ainda mais atenção com o caso clínico que, se não tratado, pode levar à necessidade de cirurgia. A cirurgia de fascite plantar, a fasciotomia plantar, é um procedimento pouco comum. Ele é utilizado principalmente quando o tratamento convencional falha. Assim, a cirurgia costuma ser indicada para casos de dor crônica quando não há melhora com medidas não invasivas. Até porque, quando a fáscia é sobrecarregada, o tecido pode se danificar ou rasgar, o que leva à inflamação e à dor no calcanhar. Por isso, se a presença de dor no calcanhar persiste por mais de alguns dias, existe a necessidade de consultar um médico antes que o caso piore. O tratamento da fascite plantar exige repouso O Dr. André ressalta que o tratamento para a fascite plantar inclui fisioterapia, palmilhas corretivas, uso de calçados com um pouco mais de salto na parte de trás, alongamentos, acupuntura e medicamentos. Essas opções devem ser analisadas individualmente a depender da presença de fatores de risco, como o estilo de vida, etc. Entre os medicamentos para a fascite plantar mais usados, se destacam os anti-inflamatórios não esteroides, como o ibuprofeno e naproxeno, pomadas para aliviar a dor e, em certos casos, corticoides. O tempo para se recuperar dos sinais da fascite varia de pessoa para pessoa. Por exemplo, “Pacientes mais idosos e com fatores de riscos, como obesidade e sedentarismo, que apresentam dor crônica (acima de 3 meses de duração), normalmente demoram mais para apresentar melhoras mais significativas. Assim, esse tempo pode ser de 2 a 3 meses”, esclarece o profissional. Além disso, a mudança para calçados ergonômicos é parte fundamental da recuperação. “Calçados com bom amortecimento, especialmente na parte do calcanhar, ajudam a promover diminuição do impacto e consequentemente da inflamação local”, o ortopedista destaca. O médico também pode prescrever calcanheiras, que são palmilhas somente na parte do calcanhar. Da mesma forma, quando a pessoa estiver em crise intensa de dor, é recomendada a pausa nas atividades físicas. Nesse cenário, o foco deve ser em medidas para a melhora. Por fim, o Dr. André destaca que, “Hoje em dia, a terapia por ondas de choque tem apresentado bons resultados”. Ela consiste em aplicar estímulos acústicos de alta energia na parte externa do calcanhar e a partir disso, é possível estimular a cicatrização e reduzir a dor.
Enxaqueca com aura: o que é, sintomas e tratamento
A enxaqueca com aura é uma doença neurológica caracterizada por sintomas que acontecem antes da dor de cabeça em si. Entre eles, os principais são pontos escuros na visão, flashes de luz e imagens distorcidas. De acordo com um estudo publicado no National Library of Medicine, de 15% a ⅓ dos casos de enxaqueca incluem esses sintomas. Em geral, a enxaqueca com aura é perigosa, pois pode deixar algumas sequelas e ser confundida com um AVC, mas tem tratamento. Para explicar tudo sobre o assunto, entrevistamos o neurologista Dr. Mauricio Hoshino, que nos trouxe uma perspectiva detalhada sobre a condição. Sintomas da enxaqueca com aura começam antes da dor de cabeça O médico explica que a enxaqueca com aura “Se caracteriza pela presença de alterações neurológicas transitórias e que ocorrem antes da fase de dor de cabeça. Esses sintomas comumente são pontos de luz, pontos escurecidos, perda de campo visual, distorções visuais, alteração de sensibilidade no rosto ou nos membros, ou até paralisias”. Essa é a principal diferença entre esse tipo e a enxaqueca comum (ou enxaqueca sem aura), que não apresenta essa fase. Nesse último caso, ela começa diretamente com uma dor de cabeça pulsante e outros sintomas, como náusea e sensibilidade à luz. Ainda, uma observação importante para identificar a doença é que esses sintomas desaparecem à medida que a dor de cabeça começa. Portanto, é comum dizer que eles “anunciam” o início de uma crise. Além desses, outros sinais que podem aparecer em casos de enxaqueca com aura são “Alterações sensoriais, como formigamento, principalmente nas mãos e na face, dificuldade na fala e perda parcial de visão”, Dr. Maurício acrescenta. A enxaqueca com aura é perigosa porque aumenta as chances de ocorrer um AVC A maioria das crises de enxaqueca com aura são reversíveis e não causam sequelas permanentes, mas se forem muito frequentes, é comum surgirem sintomas como dificuldades na memória, concentração e em outras funções cognitivas. “Transtornos de humor como ansiedade e depressão também podem se agravar na presença da dor crônica”, detalha o neurologista. Em geral, a enxaqueca com aura não mata, mas existem outros riscos. A condição representa um risco maior de desenvolvimento de acidente vascular cerebral isquêmico (AVC), segundo o Dr. Maurício, especialmente se associada com anticoncepcionais hormonais e com o tabagismo. Além disso, quem tem a doença, tem maiores chances de ter problemas cardiovasculares, embora a relação exata ainda esteja sendo estudada. Da mesma forma, com a frequência das crises de enxaqueca com aura, existe o risco de a dor de cabeça se tornar crônica. Isso acontece porque “com crises cada vez mais frequentes e resistentes às medicações usuais, pode haver uso abusivo de analgésicos, o que por si só favorece a ocorrência de novas crises, gerando um ciclo vicioso grave”, detalha o neurologista. Por isso, é comum acontecer a evolução do caso para o chamado “status migranoso”, acrescenta o especialista, condição em que a crise de enxaqueca dura mais de 72 horas, o que pode exigir hospitalização. Apesar de essas complicações serem raras, é importante que pacientes com enxaqueca com aura sigam um acompanhamento médico para monitorar e minimizar esses riscos. Outra prática útil é anotar os sintomas, duração e frequência das crises para relatar ao profissional. Diagnóstico e prevenção da enxaqueca com aura Além do AVC, outras doenças comumente confundidas com a enxaqueca com aura são a esclerose múltipla e a epilepsia. Isso porque, vários de seus sintomas são semelhantes. Em caso de suspeitas, “O processo diagnóstico de exclusão fica a cargo do neurologista, que necessita de uma boa anamnese e exames subsidiários para esclarecer o quadro”, adiciona Maurício. Portanto, para prevenir a enxaqueca com aura, é importante estar atento aos principais fatores de risco da dor de cabeça. O neurologista explica que são “Estresse, ansiedade, insônia, consumo de certos alimentos (como queijos, embutidos, alimentos processados, cafeína) e alterações hormonais (daí a maior facilidade de crises perto do ciclo menstrual ou início na adolescência)”. Tratamento da enxaqueca com aura Para minimizar os riscos de complicações e de a enxaqueca com aura ser perigosa, paciente e médico precisam estabelecer acordos para melhorar a qualidade de vida. Recomenda-se atividade física regular, técnicas de relaxamento, além de “Evitar o tabagismo e gatilhos como uso excessivo de cafeína, álcool, privação de sono e estimulantes, além de ter uma dieta controlada. Por isso, é importante não basear todo o tratamento apenas nas medicações”. Em geral, o tratamento para enxaqueca com aura se divide entre medicamentos para controlar as crises de dor e medicamentos para prevenir que os sintomas apareçam. Da mesma forma, o neurologista indica que é “Importante ressaltar o papel da acupuntura, fundamentada em pesquisas científicas em revistas de grande fator de impacto, que tem demonstrado eficácia nas crises de dor”
Doença do coração grande é grave? Conheça os riscos
A doença do coração pode ser grave, a depender de suas causas e do estágio em que se encontra. Isso porque, ela pode causar sérios riscos e consequências, que vão desde arritmias à possibilidade de infarto do miocárdio. Assim, para nos ajudar a responder às suas dúvidas, conversamos com o cardiologista Dr. Alexsandro Fagundes. Geralmente, o coração grande não tem cura, mas tem tratamento A doença do coração grande, também conhecida como cardiomegalia, é uma doença com potencial grave, caracterizada pelo crescimento repentino do órgão para um tamanho maior do que o ideal para a idade e estatura de uma pessoa. Assim, apesar de não ser uma doença propriamente dita, essa condição é uma reação do corpo a outro problema de saúde, como, por exemplo, hipertensão ou Doença de Chagas. Ainda, pode ser sinal de um ataque cardíaco prévio. O médico explica que “A situação geralmente é irreversível, embora existam casos de reversão”. Isso pode ocorrer em casos específicos que não têm relação direta com o adoecimento do órgão. Alguns exemplos são a miocardite viral ou uma intoxicação exógena, quando o agente tóxico, como uma medicação, álcool ou substâncias cardiotóxicas, são eliminados. Na maioria dos casos, no entanto, o tratamento acontece por meio de medicamentos e mudança de hábitos, e permite que a pessoa viva uma vida normal. Tratar a doença do coração grande é importante para evitar risco de vida A doença do coração grande mata e pode levar o paciente à insuficiência cardíaca. Além disso, existe o risco de “insuficiência cardíaca refratária, com necessidade de inserir um transplante cardíaco ou um suporte mecânico no paciente, como um dispositivo de assistência circulatória”, afirma o cardiologista. Ainda, podem ocorrer arritmias cardíacas, que podem levar à morte súbita. Eventualmente, também podem ocorrer fenômenos de embolia e tromboses, incluindo um acidente vascular cerebral (AVC). Isso porque, quando o coração aumenta de tamanho, “o músculo cardíaco pode se tornar mais espesso (hipertrofia) ou dilatado, o que afeta sua capacidade de bombear sangue de maneira eficaz”. Assim, o órgão pode se tornar tão denso a ponto de interferir na capacidade do músculo do coração de relaxar e contrair adequadamente. Além disso, segundo um estudo da Universidade Federal de Pernambuco, o aumento do tamanho do coração em pacientes com insuficiência cardíaca crônica pode impor resistência aos pulmões, com consequente redução dos fluxos e volumes pulmonares, que também afetam esse órgão. Para diminuir os riscos da doença do coração grande, é preciso controlar a pressão arterial Para evitar que a cardiomegalia seja potencialmente fatal, o controle rigoroso da pressão arterial é importante, especialmente em pessoas com hipertensão, pois essa é uma das principais causas do aumento de tamanho do órgão. Ainda, o médico explica que “o gerenciamento de comorbidades, como diabetes e dislipidemia (níveis altos de colesterol e triglicérides), também ajuda a prevenir o agravamento da cardiomegalia”. E, por ser um problema que surge por conta de outras doenças, é necessário evitar o consumo de álcool e parar de fumar, já que essas substâncias podem prejudicar a saúde do coração e contribuir para o desenvolvimento das doenças cardiovasculares e seus malefícios. A adoção de um estilo de vida saudável, que inclui uma dieta equilibrada rica em frutas, vegetais, grãos integrais e baixo teor de sódio, também pode fazer a diferença. De mesmo modo, a prática regular de exercícios físicos, adaptada às condições de saúde do indivíduo e acompanhadas por um profissional, ajuda a melhorar a função cardíaca e a manter um peso saudável. Pessoas com cardiomegalia devem ter consultas regulares com o cardiologista Apesar da doença do coração grande ter chances de ser grave, ela é tratável. Por isso, o acompanhamento médico regular é a melhor forma de garantir que o tratamento está fazendo efeito. Como explica o médico, as consultas com o cardiologista ajudam a “avaliar a função cardíaca, revisar os resultados de exames e ajustar o tratamento conforme necessário”. Monitorar a pressão arterial em casa também tem grande importância no controle da cardiomegalia. É recomendado investir em um medidor e aprender a usá-lo corretamente. Isso faz com que as consultas sejam mais direcionadas, principalmente se você anotar os valores diários para discutir com o médico. Outra forma de monitoramento é prestar atenção aos sinais e sintomas do coração grande, como falta de ar, inchaço nas pernas e aumento da fadiga, que podem indicar agravamento da condição. Manter um diário dos sintomas pode ajudar a identificar padrões que necessitam de atenção médica. Além disso, “Os pacientes devem seguir as orientações de saúde rigorosamente, tomar os medicamentos conforme prescrito e não interromper o tratamento sem consultar o médico”, orienta o Dr. Alexsandro