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Dr. Shigueo Yonekura

Neurologia

Biografia

Dr. Shigueo Yonekura tem residência médica no Departamento de Neurologia e especialização em Sono pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Acumula em seu currículo o título de especialista em Neurologia pela Academia Brasileira de Neurologia (ABN) e título de especialista em Polissonografia pela Sociedade Brasileira de Neurofisiologia Clínica (SBNC), além do curso de Eletroencefalografia pelo Departamento de Neurologia da Escola Paulista de Medicina (Unifesp). Iniciou a carreira como professor assistente do Departamento de Neurologia da Faculdade de Medicina do ABC.

Artigos

Beber água antes de dormir pode ajudar na qualidade do sono?

Para muitas pessoas, conseguir ter uma boa noite de sono é um grande desafio. Acordar durante a madrugada ou ainda demorar muito tempo para dormir são algumas das principais queixas ouvidas por especialistas. Se algo está errado, adotar certos hábitos ao longo do dia e até mesmo minutos antes de dormir podem fazer toda a diferença na qualidade do sono. Beber muita água pode interromper o sono A alimentação é um dos fatores que exercem influência no sono e até mesmo beber muita água pode ser ruim. “Beber muita água ou outros líquidos antes de ir para cama é um problema e pode fazer com que uma pessoa acorde várias vezes à noite para ir ao banheiro, interrompendo o sono”, afirma o neurologista e especialista em Medicina do Sono Shigueo Yonekura. Para garantir uma noite de sono sem interrupções, é importante ir ao banheiro antes de se deitar para dormir. E como manter o corpo hidratado é fundamental para a saúde e para a prevenção de diversas doenças, procure beber bastante água e sucos ao longo do dia, mas evitando o consumo de líquidos, no mínimo, uma hora antes de dormir. Refeições pesadas prejudicam o sono Durante o sono, o funcionamento de vários órgãos do corpo é alterado e o metabolismo fica mais lento. “A recomendação é fazer uma refeição mais leve no jantar. Não precisa cortar o jantar. O corpo também queima calorias durante o sono e precisa de nutrientes para manter funções vitais à noite”, explica o médico. O ideal é que o jantar seja feito cerca de três ou quatro horas antes de ir para a cama. Shigueo diz que é preciso evitar comidas gordurosas e alimentos com cafeína, como chocolate, café, chás e refrigerantes. Essa substância atrapalha o início e a manutenção do sono por ser um potente estimulante do sistema nervoso.   Foto: Shutterstock

Qual é a relação entre a ansiedade e a insônia?

Apesar de serem dois problemas tratados por especialidades distintas, ansiedade e insônia podem estar diretamente relacionadas. Isso porque uma pode provocar o desenvolvimento da outra. Ou seja, um paciente com ansiedade pode acabar desenvolvendo dificuldade para dormir, e um paciente que sofre de insônia pode, por conta disso, passar a manifestar sinais de ansiedade. “Os dois problemas podem sim andar juntos. A insônia pode ser um gatilho para a ansiedade em pessoas sensíveis ao transtorno. Da mesma forma, ansiedade é um dos principais fatores que levam à insônia”, afirma Shigueo Yonekura, neurologista e especialista em medicina do sono.   Tratamento multidisciplinar   Tanto a insônia quanto a ansiedade são tratados com medicamentos específicos capazes de controlar os sintomas relativos a cada quadro. No caso em que ambos se manifestam ao mesmo tempo, é necessário que as duas especialidades (no geral, medicina do sono/neurologia e psiquiatria) sejam acionadas e trabalhem em conjunto. Os médicos de diversas outras especialidades podem atuar no tratamento também, mas em caso específico, é preciso encaminhar para os especialistas principais. “O tratamento pode ser multidisciplinar, dependendo da causa, e pode envolver psiquiatra, psicólogo, ginecologista, cardiologista ou qualquer especialidade. A severidade da insônia pode influenciar a escolha ideal do tratamento, mas a melhora de hábitos cotidianos pode influenciar a qualidade do sono”.   Hábitos saudáveis de vida ajudam tratamento de ansiedade e insônia   Além dos tratamentos com remédios, é importante adotar hábitos de vida saudáveis que ajudem a controlar e amenizar tanto os sintomas da ansiedade quanto da insônia. Prática regular de exercícios físicos em horários apropriados (nunca antes de dormir, para não prejudicar o sono) e estabelecer horários regulares para alimentação e descanso são exemplos importantes.     Foto: Shutterstock

Dia Internacional da Epilepsia: saiba tudo sobre a doença, seus sintomas e tratamentos

Você sabe o que é epilepsia? Muito se ouve falar sobre o assunto, mas há quem não saiba do que se trata e nem conhece as causas e formas de tratamento da doença. De acordo com o neurologista Shigueo Yonekura, a epilepsia é uma alteração do funcionamento do cérebro que provoca descargas ou impulsos elétricos anormais nos neurônios de forma recorrente.  Mas, além da sua definição, quais são os sintomas de epilepsia? Como identificar uma crise? A epilepsia tem cura? Com a aproximação do Dia Internacional da Epilepsia, 14 de fevereiro, esclarecemos essas e outras dúvidas sobre o tema com a ajuda do especialista. Confira! Epilepsia: quais são as suas causas?   Imagina se o seu cérebro deixa de funcionar corretamente? É mais ou menos assim que funciona a epilepsia, doença que gera as chamadas crises epilépticas. Segundo o neurologista, essa alteração pode ter diversas causas e se manifestar de maneiras diferentes em cada paciente: “Fatores como traumatismo craniano, doenças genéticas, infecções congênitas como Zika, toxoplasmose, infecções no cérebro como meningite e encefalite, tumores e AVC podem ser os causadores”. No entanto, o médico ressalta que, na maioria das vezes, não se sabe a real causa do problema. Nestes casos, a doença recebe o nome de epilepsia idiopática – diferentemente dos tipos de epilepsia que surgem como consequência de um tumor, por exemplo. Como saber se sou uma pessoa epiléptica? Conheça os sintomas de epilepsia!   É considerada epiléptica a pessoa que passa, ao menos, por duas ou mais crises convulsivas, como esclarece o Dr. Yonekura, que conta quais são os sintomas mais comuns para cada tipo de crise: “Esses ataques epilépticos podem ser generalizados, quando acometem todo o cérebro, são sentidos por todo o corpo e podem estar associados à perda de consciência”. A pessoa pode cair no chão, se debater, urinar e apresentar salivação intensa.  Há também a crise focal ou parcial, que “acomete uma região do cérebro e manifesta-se de acordo com a região cerebral afetada. Pode apresentar movimentos involuntários do braço, distúrbios sensoriais, percepção de odores e evoluir para perda de consciência. A crise de ausência é considerada leve e o paciente apresenta-se “desligado” por alguns instantes. O sintoma costuma durar de 10 a 20 segundos”. O que pode provocar uma crise de epilepsia?   – Estresse; – insônia; – álcool; – drogas; – menstruação. Epilepsia tem cura? Como controlar as crises?   Infelizmente, a epilepsia não tem cura. Porém, o neurologista garante que a doença pode ser controlada com o uso de medicamentos em 2 a cada 3 pessoas. O objetivo do tratamento é acabar com essa alteração do cérebro e impedir novas crises. “Esses pacientes podem ter uma vida normal, porém 1/3 deles, não controlados com a medicação, devem evitar dirigir, entrar na água do mar ou piscina sem acompanhante”, afirma o médico. Além dos medicamentos, existem outras formas de tratamento da epilepsia. Dr. Yonekura cita alguns exemplos: “Cirurgia, estimulação do nervo vago, estimulação elétrica por corrente contínua e estimulação magnética transcraniana, que está em fase de estudos para ter dados mais concretos de sua eficácia estatística”. Teve uma crise de epilepsia? Não deixe de procurar ajuda médica para iniciar o acompanhamento o quanto antes!

Quais sinais podem indicar que sua noite de sono não está sendo suficiente?

Uma noite de sono ruim muitas vezes não precisa de sinais para ser percebida. Se você sente que não adormeceu plenamente durante todo o período e desperta muitas vezes ao longo da noite, saberá exatamente o motivo de acordar se sentindo cansado. Mas é possível também não perceber nada de anormal durante o sono e passar o resto do dia cansado. Principais sinais da noite de sono insuficiente Neste segundo caso, os sinais de que o sono não foi suficiente aparecem depois, no decorrer do dia. “Acordar sem disposição, sonolência diurna, irritabilidade, cansaço, menor rendimento no trabalho e estudos, dificuldades de concentração, menos controle emocional, problemas de memória são alguns exemplos desses sinais. No longo prazo isso pode trazer consequências mais graves”, informa o neurologista especialista em sono Shigueo Yonekura. Segundo o Dr. Franco Martins, especialista em medicina do sono e pneumologista, uma noite de sono ruim atrapalha o funcionamento do cérebro. “Durante o sono ocorre uma verdadeira limpeza de substâncias químicas acumuladas durante o dia, o que deixa o cérebro restaurado para se concentrar e ter bom desempenho. Quando o sono está inadequado, esse acúmulo aumenta, prejudicando a performance cerebral”, explica o médico. Isso resulta nos sinais antes mencionados – queda da capacidade de concentração, aprendizado e memória, irritabilidade, sonolência diurna etc. “Esses sinais, inclusive, são responsáveis por acidentes, devido a cochilos indesejados ou falta de atenção. Quem dorme menos do que devia também tende a envelhecer mais rápido”, afirma o Dr. Franco. Benefícios de dormir bem Portanto, ter uma noite de sono adequada é essencial para o bom funcionamento do organismo e a saúde de um modo geral. “Quando dormimos bem, o nosso sistema imunológico sai reforçado, os níveis de estresse e ansiedade baixam e a pressão arterial fica regulada”, informa o Dr. Shigueo. Quem sofre com problemas de sono deve recorrer a um especialista que indique o tratamento adequado, o qual muitas vezes se baseia no uso de medicamentos. Foto: Shutterstock

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