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Dr. Shigueo Yonekura

Neurologia

Biografia

Dr. Shigueo Yonekura tem residência médica no Departamento de Neurologia e especialização em Sono pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Acumula em seu currículo o título de especialista em Neurologia pela Academia Brasileira de Neurologia (ABN) e título de especialista em Polissonografia pela Sociedade Brasileira de Neurofisiologia Clínica (SBNC), além do curso de Eletroencefalografia pelo Departamento de Neurologia da Escola Paulista de Medicina (Unifesp). Iniciou a carreira como professor assistente do Departamento de Neurologia da Faculdade de Medicina do ABC.

Artigos

Quais são as principais causas de dor de cabeça?

A dor de cabeça é considerada um sintoma inespecífico, pois aparece com frequência em diversos casos. Ou seja, tendo apenas este sintoma é difícil determinar o que o provocou. O importante é que o paciente, especialmente se a dor de cabeça for constante e/ou frequente, procure um médico para determinar a causa do sintoma para que consiga atuar com o tratamento adequado para cada situação. Principais causas da dor de cabeça “Os gatilhos que deflagram as dores na cabeça variam de pessoa para pessoa e vão desde alimentação a hábitos comuns no dia a dia.  Problemas tensionais, geralmente ligados aos estresse, sono de má qualidade, fadiga, ansiedade ou distúrbios emocionais podem desencadear uma crise”, informa o neurologista e médico do sono Shigueo Yonekura.  Ainda segundo o especialista, mudanças bruscas de temperatura e umidade, luzes e sons intensos e fatores hormonais também estão entre os fatores que causam dores na cabeça. “Pessoas com enxaqueca crônica podem ter hipersensibilidade a certos odores, como perfumes e produtos de limpeza”, complementa o médico. Tratamento contra dores na cabeça Para eliminar o desconforto de maneira permanente, é necessário que o paciente busque o tratamento adequado para o fator específico que está causando a dor. Se for gripe, por exemplo, o tratamento deste quadro vai controlar os sintomas associados, o que inclui a dor de cabeça.  Uma opção interessante para aliviar os sintomas da dor de cabeça, especialmente no caso de episódios agudos de enxaqueca, é o uso de medicamentos que combinam ativos que atuam no sistema nervoso central e analgésicos, permitindo uma redução importante e efetiva da dor.  Foto: Shutterstock

Quais são as fases de um sono saudável e reparador?

Uma boa noite de sono é aquela em que garante um sono saudável e reparador, fazendo que a pessoa acorde mais disposta e atenta, menos estressada e com uma melhor capacidade de memorizar e aprender. Mas, para que isso aconteça, é importante respeitar a quantidade de horas de que o corpo precisa para descansar e passar por todas as fases do ciclo do sono sem interrupções.  Sono saudável é importante para o corpo se recuperar O ciclo do sono é dividido em duas etapas principais. A primeira delas é chamada de sono não REM e é subdividida em três estágios. O estágio 1 começa ao fechar dos olhos. O corpo vai pegando no sono lentamente e a respiração diminui de ritmo. É uma espécie de transição entre estar acordado e estar dormindo.  O estágio seguinte é marcado por um sono leve. Ou seja, o corpo já está descansando, mas qualquer ruído ou luz pode acordá-lo. O estágio 3, por sua vez, tem um sono mais profundo. O cérebro se desliga do mundo ao redor e diminui suas atividades e o corpo foca na reparação das células e da energia perdida ao longo do dia.  Fase REM ajuda na consolidação da memória Quando o estágio 3 chega ao fim, começa a última grande etapa do ciclo, chamada de sono REM. “É só nessa última etapa que os sonhos acontecem. No sono REM, devido à intensa atividade cerebral, os olhos ficam se movendo de um lado para o outro enquanto permanecem fechados, a respiração torna-se superficial, rápida e irregular e os músculos ficam hipoativos”, afirma o neurologista e médico do sono Shigueo Yonekura.  De acordo com o especialista, o sono REM é a fase mais importante para a consolidação da memória. E complementa: “Dormir e sonhar são imprescindíveis para a saúde física, mental e para o bem-estar”. Ao longo da noite, esse ciclo se repete de 4 a 5 vezes, proporcionando o descanso necessário para o corpo acordar recuperado no dia seguinte.   Foto: Shutterstock

Passar horas seguidas assistindo a seriados pode prejudicar nossa saúde?

Dormir bem é importante para a saúde do corpo, ajudando a repor as energias e memorizando as informações aprendidas ao longo do dia. Quem tem problemas para dormir deve prestar atenção ao consumo do café e de outras bebidas que têm cafeína em sua composição para manter um sono de boa qualidade. Refrigerantes à base de cola podem atrapalhar o sono “A cafeína é um estimulante e não permite que o cérebro descanse apropriadamente. A substância também está presente em alguns tipos de refrigerantes, chá preto, chimarrão e “, afirma o neurologista e especialista em Medicina do Sono Shigueo Yonekura. O consumo da cafeína resulta na liberação da adrenalina, deixando o organismo em alerta na hora de dormir. Para impedir que o sono seja prejudicado pela cafeína, é necessário restringir o consumo a 400 miligramas por dia. Uma lata de energético de 250 mililitros, por exemplo, tem aproximadamente 80mg de cafeína, quantidade semelhante a uma xícara de café. “O ideal é evitar este tipo de bebida a partir de seis horas antes do horário planejado para dormir”, aconselha o profissional. Cerveja reduz a qualidade do sono “As bebidas alcoólicas também podem ser vilãs. Elas até favorecem o início do sono, mas o descanso será de baixa qualidade“, alerta o especialista. Se por um lado, o álcool induz o sono pelo efeito hipnótico, por outro, fragmenta o sono, aumenta os riscos de pausas respiratórias e impede o relaxamento completo do organismo. Existem ainda alimentos que podem atrapalhar a qualidade do sono. A teobromina, presente em chocolates escuros, reforça a ação estimulante da cafeína. Além disso, a carne vermelha e alimentos gordurosos são digeridos de forma mais lenta e podem causar desconforto ao se deitar para dormir, devendo ser evitados no jantar. Foto: Shutterstock

Beber água antes de dormir pode ajudar na qualidade do sono?

Para muitas pessoas, conseguir ter uma boa noite de sono é um grande desafio. Acordar durante a madrugada ou ainda demorar muito tempo para dormir são algumas das principais queixas ouvidas por especialistas. Se algo está errado, adotar certos hábitos ao longo do dia e até mesmo minutos antes de dormir podem fazer toda a diferença na qualidade do sono. Beber muita água pode interromper o sono A alimentação é um dos fatores que exercem influência no sono e até mesmo beber muita água pode ser ruim. “Beber muita água ou outros líquidos antes de ir para cama é um problema e pode fazer com que uma pessoa acorde várias vezes à noite para ir ao banheiro, interrompendo o sono”, afirma o neurologista e especialista em Medicina do Sono Shigueo Yonekura. Para garantir uma noite de sono sem interrupções, é importante ir ao banheiro antes de se deitar para dormir. E como manter o corpo hidratado é fundamental para a saúde e para a prevenção de diversas doenças, procure beber bastante água e sucos ao longo do dia, mas evitando o consumo de líquidos, no mínimo, uma hora antes de dormir. Refeições pesadas prejudicam o sono Durante o sono, o funcionamento de vários órgãos do corpo é alterado e o metabolismo fica mais lento. “A recomendação é fazer uma refeição mais leve no jantar. Não precisa cortar o jantar. O corpo também queima calorias durante o sono e precisa de nutrientes para manter funções vitais à noite”, explica o médico. O ideal é que o jantar seja feito cerca de três ou quatro horas antes de ir para a cama. Shigueo diz que é preciso evitar comidas gordurosas e alimentos com cafeína, como chocolate, café, chás e refrigerantes. Essa substância atrapalha o início e a manutenção do sono por ser um potente estimulante do sistema nervoso.   Foto: Shutterstock

Forçando o sono: o que não fazer para combater a insônia?

De acordo com a Associação Brasileira do Sono (ABS), quase 37% dos brasileiros sofrem com a insônia. A doença é capaz de atrapalhar consideravelmente a qualidade de vida e aumentar os níveis de estresse e ansiedade e ainda facilitar o surgimento de problemas cardíacos. No intuito de combatê-la, muitas pessoas adotam certos hábitos, como forçar o sono, que na verdade podem prejudicar ainda mais o quadro de insônia. Forçar o sono pode ser estressante e agravar a insônia Segundo o neurologista e especialista em Medicina do Sono Shigueo Yonekura, se forçar a dormir não é uma boa prática: “Se não conseguir dormir em 20 ou 30 minutos, o ideal é não ficar na cama olhando para o relógio. Leia um livro ou ouça uma música relaxante, mas evite o brilho da tela da televisão ou do computador, porque pode estimular o cérebro e mantê-lo acordado”. Volte para a cama quando realmente sentir sono. Além disso, é importante evitar mexer no celular antes de dormir. Procure tomar um banho morno, deixando de lado todos os problemas do dia a dia. Atacar a geladeira também pode atrapalhar, especialmente se beber muita água ou outro líquido: a vontade de fazer xixi pode te acordar no meio da madrugada e prejudicar o sono no resto da noite. Tomar remédio para dormir? Só com prescrição médica! Existe ainda outra atitude bastante desestimulada por Yonekura: “Tomar medicamentos sem orientação médica”. Medicações hipnóticas e antidepressivas são as mais indicadas para combater a insônia, mas só devem ser utilizadas depois de uma análise completa do quadro feita por um médico, seguindo as doses e a frequência indicadas. Caso contrário, o problema poderá piorar. “Atividades estimulantes antes de deitar, dormir em ambientes com ruído, muito iluminados e desconfortáveis, dormir e acordar em horários diferentes todos os dias, consumir bebidas alcoólicas e estimulantes, como café e refrigerante, e praticar exercícios físicos antes de dormir” são hábitos que o profissional acredita que devem ser evitados para que o tratamento da insônia seja eficaz e, assim, ter uma boa noite de sono. 9 Foto: Shutterstock

Roncar durante a noite tem alguma consequência na qualidade do sono?

Estar muito acima do peso e ter o queixo pequeno, a garganta flácida, a mordida estreita e o céu da boca em formato de ogiva podem fazer uma pessoa roncar. Todos esses fatores têm algo em comum: eles estreitam a passagem do ar e facilitam o contato entre as paredes da garganta, gerando o ronco. Em alguns casos, roncar durante a noite pode provocar consequências e reduzir a qualidade do sono. Ronco pode interromper o sono e causar cansaço durante o dia “Quando o ronco começa a atrapalhar o companheiro ou companheira, quando o paciente percebe que tem sonolência durante o dia e acorda com sensação de sufocamento é preciso ficar atento”, alerta Shigueo Yonekura, neurologista e especialista em Medicina do Sono. O barulho do ronco pode causar a fragmentação do sono, impedindo que o ciclo do sono chegue às fases mais profundas, em que o descanso é maior. Outra possível causa para o ronco é a apneia do sono. “Caracterizada pelo fechamento repetitivo da passagem do ar pela garganta, provoca pequenas paradas respiratórias durante o sono. Quem sofre de apneia geralmente ronca, mas nem todos que roncam têm apneia. Cerca de 30% das pessoas que roncam têm apneia”, explica o médico. Exercícios físicos ajudam a eliminar o ronco Esses episódios da doença provocam o ronco, fazem o paciente acordar e, consequentemente, geram como sintomas, sonolência diária, irritabilidade, depressão, ansiedade, dificuldade de concentração, problemas de memória e impotência sexual. A apneia do sono é grave e progressiva e deve ser tratada, já que aumenta o risco de arritmias cardíacas, infarto do miocárdio e hipertensão. O tratamento do ronco e da apneia do sono dependerá dos sintomas e da gravidade do problema, com alternativas cirúrgicas e não cirúrgicas. “Uma orientação é praticar exercícios físicos com regularidade para perder peso, melhorar o tônus muscular e diminuir a flacidez e a vibração das estruturas de sustentação da faringe”, destaca o profissional. Evitar dormir de barriga para cima e evitar consumir bebidas alcoólicas, alimentos gordurosos e refrigerantes no jantar também são medidas importantes. Foto: Shutterstock

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