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Dr. Francisco Flávio Costa Filho

Cardiologia

Biografia

Dr. Francisco Flávio Costa Filho é graduado em Medicina pela Universidade Federal do Ceará (UFCE/2006), fez residência em Clínica Médica na UFCE (2010), especialização em Cardiologia (2012) e Angioplastica Clínica (2013) no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia. Possui título de especialista em Cardiologia pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (2012), título de especialista em Medicina Intensiva pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (2014), além de doutorado pela Universidade de São Paulo/Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia (2017), atuando principalmente em Emergências Cardiológicas, Medicina Intensiva, Cardiologia Clínica, Hipertensão e Pesquisa Clínica.

Artigos

Hipertensão na gravidez: doença pode ser extremamente perigosa para futuras mães

Durante a gestação, existem inúmeros cuidados que devem ser tomados para garantir a saúde da mulher e do bebê. Um dos principais problemas é o aumento dos níveis da pressão arterial, que colocam a segurança dos dois em risco. A hipertensão na gravidez é um assunto muito sério e requer acompanhamento desde as primeiras semanas. Segundo o cardiologista Francisco Flavio Costa Filho, há três tipos de hipertensão nessa fase da vida: “Existe a mulher que já era hipertensa e que eventualmente engravida e a hipertensão que se inicia na gravidez, que pode ser a pré-eclampsia ou uma hipertensão induzida pela gestação.” Os perigos à saúde da gestante A diferença entre os dois últimos tipos são a presença ou ausência de sintomas clínicos. Na pré-eclampsia, também chamada de doença hipertensiva específica da gestação, é preciso comprovar a perda de proteínas, cefaleia e alterações no fígado e nos rins. Já na hipertensão induzida, não surgem sintomas. Ambas, ocorrem a partir da vigésima semana de gestação. Os riscos à saúde da futura mãe são vários. “A pré-eclampsia pode sinalizar o surgimento de complicações gravíssimas no organismo da mulher, que podem levar à morte”, alerta o Dr. Francisco Flavio. Entre os problemas, podem ocorrer convulsões, lesões hepáticas, anemia e queda na quantidade de plaquetas encontradas no sangue. Riscos da hipertensão ao bebê Os problemas não atingem somente a mãe. “Os vasos sanguíneos da placenta também podem ficar doentes, causando restrição de crescimento e sofrimento do bebê”, explica o cardiologista. A equipe de obstetrícia analisa cada caso e define o momento mais adequado para realizar o parto. O tratamento da hipertensão durante a gravidez costuma envolver o uso de medicamentos. No caso das mulheres que já tinham o problema anteriormente, os remédios podem ser substituídos, já que alguns provocam má formação do feto. Mais do que nunca, o acompanhamento médico é fundamental para controlar o nível de pressão e manter a gestante e o bebê seguros.

Náusea pode ser sintoma de pressão alta? Descubra!

A náusea é um sintoma que pode estar presente em uma grande quantidade de situações clínicas, desde alterações no intestino, nos ouvidos e nos rins até a gravidez. Em alguns casos, um pico de pressão alta pode causar um aumento da pressão intracraniana e, consequentemente, provocar náusea e vômitos. Confira! Pressão alta pode causar náusea e dor de cabeça “Esta situação é descrita como hipertensão intracraniana”, afirma o cardiologista Francisco Flávio Costa Filho. “A hipertensão intracraniana, secundária a uma elevação rápida da pressão arterial, pode gerar sintomas, como dor de cabeça, turvação visual, sonolência e náusea. Clinicamente, esse quadro é descrito com encefalopatia hipertensiva, que é uma urgência médica”, continua o médico.  Segundo o especialista, esse aumento da pressão arterial intracraniana aciona um reflexo do sistema nervoso autônomo, o que provoca consequências no sistema nervoso parassimpático: “Quando o sistema nervoso parassimpático está exacerbado, sintomas como frequência cardíaca baixa, náuseas, vômitos e mal-estar geral são comuns”.  Ao se sentir nauseado ou perceber qualquer um dos sintomas citados, é fundamental procurar ajuda de um profissional, preferencialmente em uma unidade de pronto atendimento. “Caso sejam descartadas as emergências hipertensivas, como edema agudo de pulmão, encefalopatia hipertensiva, dissecção de aorta e pré-eclâmpsia, um exercício diagnóstico deve ser iniciado para determinar a origem desses sintomas, se são exclusivamente secundários à pressão elevada, ou se a pressão alta foi secundária a outra doença“, explica Dr. Costa Filho.  Maioria dos casos de hipertensão não tem sintomas No entanto, é fundamental lembrar que a pressão alta não costuma provocar sintomas, sendo, inclusive, chamada de doença silenciosa. “Se fôssemos para a rua medir a pressão aleatória de pessoas no seu dia a dia, a grande maioria das pessoas flagradas com a pressão alta não estará se queixando de nada. Por isso, a importância de passar em consultas e realizar o rastreio para que uma pessoa hipertensa seja diagnosticada precocemente”, recomenda o cardiologista.

Por que o forte calor pode complicar um quadro de pressão alta?

Durante o começo do ano, muitas famílias aproveitam as férias escolares dos filhos para viajar, seja para curtir o calor nas praias brasileiras ou para fugir das altas temperaturas em regiões de clima mais ameno. Quem tem hipertensão já deve ter ouvido que o calor pode piorar um quadro de pressão alta, mas na verdade, são as temperaturas extremas, tanto altas quanto baixas, que oferecem riscos à saúde. Clima extremo pode piorar a pressão arterial Foi o que um grupo de pesquisadores do Canadá divulgou. Eles investigaram a relação entre a temperatura e o número de internações nos hospitais da província de Ontário, entre 1996 e 2013. “Nesse estudo canadense, os autores fazem um alerta para os extremos de temperatura: tanto em dias muito frios como em dias muito quentes, observou-se um aumento no número de internações hospitalares por problemas cardiovasculares”, afirma o cardiologista Francisco Flávio Costa Filho. No estudo, durante os dias quentes, houve um aumento de 6% na quantidade de internações por doenças cardíacas e um aumento de 8% em decorrência de derrames, em comparação com dias de temperaturas consideradas médias. No entanto, as maiores mudanças ocorreram nos dias muito frios. “Nos dias de temperaturas mais baixas, observou-se um aumento de 9% nas internações por doenças cardíacas, 29% por infarto e 11% por derrame, comparando com os dias de temperatura mediana”, acrescenta o médico. Inverno é a estação que mais gera riscos a pacientes com pressão alta De acordo com o profissional, outros estudos já mostraram a relação sazonal entre a hipertensão, o infarto e o derrame, apontando o inverno como a pior estação para pacientes com pressão alta. É o caso de uma pesquisa feita com 50 mil chineses, entre 2004 e 2008: “Os estudiosos descobriram que, a cada redução de 10 graus Celsius na temperatura do ambiente, ocorria um aumento de 6,9 mmHg na pressão arterial sistólica e de 2,9 mmHg na pressão arterial diastólica. Ou seja, quanto mais frio, maior o nível da pressão”. Segundo Dr. Francisco, o frio provoca a vasoconstrição e o aumento da resistência vascular, o que resulta na elevação da pressão arterial. Já o calor produz o efeito oposto: causa vasodilatação, diminuindo a resistência dos vasos sanguíneos e reduzindo a pressão em relação a dias de maior frio. Além disso, o estudo chinês concluiu ainda que os pacientes tinham 13% menos chance de estar com a pressão controlada durante o inverno. Foto: Shutterstock

Doença silenciosa: A ausência de sintomas da hipertensão pode prejudicar o tratamento?

A hipertensão é uma doença crônica que provoca o aumento da pressão arterial, mesmo em momentos de repouso, colocando em risco não só a saúde do sistema cardiovascular como de todo o corpo. Uma de suas principais características é a ausência de sintomas na maior parte dos casos, o que pode acabar atrasando o diagnóstico e atrapalhando o tratamento. Por isso, a hipertensão é conhecida como uma doença silenciosa. Falta de sintomas da hipertensão dificulta diagnóstico e busca por tratamento Segundo o cardiologista Francisco Flávio Costa Filho, a hipertensão é traiçoeira. “Mesmo quando está descontrolada, machucando nossos vasos sanguíneos do cérebro, coração, rins e olhos, ela pode não trazer nenhum sintoma! Por não sentirmos nada, não tomamos nenhuma atitude para resolver o problema”, diz o médico. Esta falta de ação faz com que o indivíduo com pressão alta não consiga controlar a doença e, consequentemente, tenha um risco maior para algumas das principais complicações da hipertensão, como infarto, derrame e insuficiência renal, em comparação aos pacientes que iniciaram o tratamento e conseguiram controlar a pressão arterial. Pessoas com fatores de risco devem monitorar pressão com frequência Com o passar do tempo, os prejuízos da doença vão se acumulando e os sintomas só aparecem quando o quadro de saúde já é crítico. Para as mulheres, isso é ainda pior. “Elas procuram mais tardiamente um serviço de emergência, só quando começam a sentir os sintomas. Nas mulheres, muitas vezes, os sintomas são inespecíficos, o que atrasa o diagnóstico”, alerta o especialista. A recomendação é não esperar o aparecimento de um sintoma para começar a desconfiar de uma hipertensão descontrolada, especialmente quem tem algum fator de risco. Quem recebeu o diagnóstico da doença, deve seguir o tratamento à risca e jamais interrompê-lo sem autorização do médico. Para quem não foi diagnosticado, o ideal é procurar uma farmácia ou posto médico para aferir a pressão periodicamente. Dr. Francisco Flávio Costa Filho é cardiologista formado pela Universidade Federal do Ceará e atua em São José dos Campos (SP). CRM-SP: 141903 Foto: Shutterstock

Os sinais do infarto podem aparecer dias ou até semanas antes?

O infarto agudo do miocárdio, segundo o cardiologista Francisco Flávio Costa Filho, é o termo técnico usado para descrever a situação em que células de parte do coração morrem devido à obstrução de uma artéria responsável por carregar sangue e nutrientes. Todo esse processo pode levar algumas semanas para se instalar e, em alguns casos, o corpo indica que algo está errado. Confira com que antecedência os principais sinais do infarto surgem.  Sinais do infarto podem surgir 4 semanas antes “Estudos clássicos, nos quais se conversou com pacientes recém-infartados, descrevem que metade dos pacientes infartados já estava sentindo alguma coisa diferente nas 4 semanas antes do evento mais grave, o infarto propriamente dito”, afirma o médico.  Nessas pessoas, a obstrução da artéria se deu de forma gradual, com os sintomas prévios surgindo. Geralmente, são os mesmos sinais do infarto, mas com intensidade e duração menores. Como “a dor passou”, muitos não procuraram ajuda profissional.  “A outra metade dos pacientes simplesmente relatou que não sentiu nada até a hora do infarto. São pessoas que saíram para uma corrida, estavam em um jantar ou em um voo. Estavam bem, vivendo suas vidas e, de repente, aquela artéria se obstrui e o infarto entra em cena”, explica o especialista.  Quais são os sinais do infarto? “Não há dúvidas de que o sintoma-chave do infarto é a dor torácica. Ela está presente em quase todos os pacientes que sofrem obstrução de uma de suas artérias do coração”, informa o cardiologista. Essa dor pode se apresentar na forma de aperto, de queimação, sensação de peso ou do peito abrindo no tórax.  A dor do infarto pode ficar parada, mas também pode se espalhar para os braços, o dorso, mandíbula, dentes ou região cervical. Existem ainda casos em que a dor não se manifesta, mas o paciente reclama de náuseas, vômitos, suor intenso, falta de ar, desmaio, palpitações e cansaço.  É imprescindível conhecer os principais sintomas causados pelo infarto para procurar atendimento médico assim que possível. Segundo Doutor Costa Filho, a melhor fase para fazer o tratamento do paciente é quando os sinais começam a aparecer porque, geralmente, o infarto não aconteceu, ou seja, ainda não houve morte das células do miocárdio.  Foto: Shutterstock

Quais cuidados devem ser tomados quando o paciente for medir a pressão arterial?

Medir a pressão arterial é uma atitude muito importante para se diagnosticar e prevenir a hipertensão. A doença deve ser descoberta precocemente, já que o descontrole da pressão propicia o surgimento de algumas complicações, como AVCs e derrames, e coloca a vida dos pacientes em risco. Para medir a pressão corretamente, algumas medidas devem ser adotadas. A aferição da pressão arterial deve ocorrer com o indivíduo sentado em uma cadeira, com pelo menos três a cinco minutos de repouso e em um ambiente calmo. “O paciente não deve ter realizado nenhum tipo de atividade física nos últimos 60 minutos. Ele deve estar relaxado, com a sola dos pés apoiadas no chão e pernas descruzadas”, afirma o cardiologista Francisco Flavio Costa Filho. Vá ao banheiro antes antes de medir a pressão Também é preciso prestar atenção ao braço escolhido para a medição. O membro precisa estar um pouco dobrado, aproximadamente na altura do coração e com a palma da mão voltada para cima. Se houver vontade de urinar ou o paciente simplesmente estiver de bexiga cheia, é necessário se aliviar antes de medir a pressão para não provocar alterações no resultado. O consumo de alimentos e bebidas também precisa ser restrito. “É importante garantir que não foi ingerida qualquer bebida alcoólica, energético, café ou alimentos por 30 minutos que antecedem a aferição”, explica o médico. O ato de fumar também pode afetar o valor da pressão arterial e deve ser evitado por, pelo menos, 30 minutos antes. Medir a pressão com frequência é importante De acordo com a última Diretriz Brasileira de Tratamento para a Hipertensão Arterial, publicada em setembro de 2016, um adulto com pressão menor que 120x80mmHg deve realizar a aferição a cada dois anos. Já aqueles com valores entre 120x8mmHg e 140x90mmHg precisam realizá-la anualmente. Para pacientes hipertensos assintomáticos e que já atingiram o controle da doença, o intervalo pode ser semestral, segundo Francisco Flavio. Os pacientes podem ter a ajuda de medidores eletrônicos para um controle mais efetivo sobre a pressão arterial, principalmente para quem ainda está à procura da dose eficaz dos medicamentos anti-hipertensivos. “Como existem várias marcas no mercado, recomenda-se a escolha de produtos validados com o selo do Inmetro. Esses aparelhos devem ser calibrados anualmente”, alerta o cardiologista.  

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