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    O TOC geralmente está acompanhado de outro transtorno?

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    O transtorno obsessivo compulsivo, conhecido pela sigla TOC, é uma doença psiquiátrica crônica que pode atingir homens e mulheres de todos os grupos étnicos. Os sintomas podem ter início durante a infância, a adolescência ou ainda no começo da vida adulta. Acredita-se que o transtorno se desenvolve pela interação de fatores neurobiológicos e ambientais. Além disso, o mesmo paciente pode ter TOC e desenvolver outras doenças psiquiátricas.

    De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), mais da metade dos indivíduos adultos com TOC desenvolve algum outro transtorno mental ao longo da vida. As comorbidades mais encontradas, segundo o manual, são o transtorno de ansiedade, o transtorno depressivo ou bipolar, o transtorno de personalidade obsessivo-compulsivo e transtorno de tique, a chamada Síndrome de Tourette.

     

    TOC pode estar acompanhado de fobia social e ansiedade

     


    Segundo a psicóloga Lilian Boarati, estudos que investigam o desenvolvimento do TOC nas diversas faixas etárias apontam que, quando surge precocemente na infância, o transtorno está associado a um maior número de comorbidades, como a fobia social e o transtorno de ansiedade de separação, assim como a uma maior gravidade dos sintomas do TOC e a um maior número de obsessões e compulsões.

    Atualmente, não é possível diagnosticar o TOC por exames laboratoriais. “O relato verbal do portador e de seus familiares a respeito dos sintomas obsessivo-compulsivos e de sintomas referentes a outros tipos de doenças mentais permite que o profissional da saúde identifique a existência do TOC e demais transtornos associados”, explica a especialista.

     

    Tratamento do TOC envolve medicamentos e terapia

     


    Para tratar o TOC, independentemente da presença ou não de comorbidades, a medida mais eficaz é a associação de medicamentos com a terapia comportamental. “Os medicamentos aumentam a capacidade do cérebro em captar substâncias químicas neurológicas, importantes para diminuir a intensidade das obsessões e compulsões e auxiliar nos sintomas de ansiedade e depressão”, diz a psicóloga.

    Já a terapia comportamental utiliza uma técnica de tratamento chamada Exposição com Prevenção de Resposta (EPR). “Seu objetivo é colocar o paciente com TOC em contato com situações, objetos, pessoas ou com o próprio pensamento obsessivo, considerados perturbadores e aversivos, sempre de forma gradativa e contínua, até que os sintomas do transtorno sejam reduzidos ou eliminados”, afirma a psicóloga.

     

     


    Foto: Shutterstock

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