A hipertensão é definida quando a pressão arterial de um indivíduo supera o limite de 140 por 90 mmHG. Neste caso, recomenda-se ao paciente iniciar o tratamento, tanto com medicamento quanto com adoção de hábitos saudáveis de vida. Contudo, aqueles que têm pressão arterial abaixo desse valor, mas ainda assim acima do ideal, também correm riscos e por isso necessitam de cuidados. Esse estágio é conhecido como pré-hipertensão.
Importância do diagnóstico de pré-hipertensão
“Entende-se hoje que pacientes com níveis alterados de pressão arterial, mas que ainda não são diagnosticados com hipertensão, devem ser classificados como ‘em risco’ ou pré-hipertensos”, informa o cardiologista Marcus Gaz. Segundo o especialista, isso se deve ao fato de cada vez mais os estudos apontarem relação entre diferentes níveis pressóricos e problemas de saúde cardiovascular.
“Recentemente, as sociedades brasileiras e internacionais que estudam pacientes com hipertensão têm emitido entendimentos e diretrizes reduzindo ainda mais os níveis toleráveis de pressão arterial”, completa.
Tratamento para pré-hipertensão
Os pacientes pré-hipertensos, assim como os hipertensos, devem adotar um estilo de vida mais saudável, pois sua condição também os coloca com risco aumentado de manifestarem episódios cardiovasculares críticos, como infarto e AVC. “Quanto maior a pressão arterial, maior a chance do paciente adoecer com problemas cardiovasculares”.
Seguir uma dieta balanceada, pobre em sódio, gorduras e carboidratos, praticar atividades físicas regularmente e cessar o tabagismo são medidas fundamentais para evitar elevação da pressão e os riscos que isso implicaria. “Os pré-hipertensos se beneficiam muito de estratégias como perda de peso, adoção de dieta DASH (dieta especial para prevenir hipertensão) e prática de atividade física regular”, conclui Gaz.
Foto: Shutterstock