Na grande maioria dos casos, o tratamento da hipertensão é feito tanto com mudanças de hábitos, como a prática de exercícios físicos, quanto com o uso de medicamentos. Juntas, essas medidas, ajudam a controlar a doença e os fatores capazes de desestabilizá-la. No entanto, é importante lembrar que, para a segurança do paciente, a medicação para hipertensão deve ser tomada sem interrupções.
Efeito da medicação para hipertensão não dura para sempre
“Os medicamentos anti-hipertensivos têm um período de meia vida. Eles agem no organismo por um determinado número de horas e depois perdem o seu efeito, devendo ser tomados novamente”, afirma a cardiologista Ana Catarina de Medeiros Periotto.
Ou seja, enquanto os remédios indicados pelo médico agem, a pressão arterial é mantida em níveis seguros e controlados. Mas, quando o efeito das substâncias passa, o paciente com hipertensão fica desprotegido: a pressão pode voltar a subir e ter picos.
Falta de tratamento para a pressão alta é um risco para a saúde
De acordo com a especialista, existem dois fatores que fazem com que um paciente deixe de consumir a medicação para hipertensão de forma contínua. Ela explica o primeiro deles: “O maior fator que provoca a não adesão é a falta de entendimento da importância do tratamento para evitar as complicações da doença não tratada”.
O outro fator que interfere (e muito) é o fato da hipertensão ser uma doença silenciosa, ou seja, não causar sintomas na maioria das pessoas. Os pacientes acreditam, erroneamente, que não terão problemas se pararem de usar a medicação, já que não sentiram nenhum tipo de dor ou desconforto. As consequências surgem ao longo do tempo, com a pressão se elevando a níveis perigosos e facilitando o desenvolvimento de complicações, como o AVC e o infarto.
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