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    A hipertensão afeta mais negros do que brancos? Por quê?

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    Apesar de atingir os mais variados tipos de pessoas, a hipertensão arterial é uma doença que se manifesta mais em algumas etnias do que em outras. Há uma maior prevalência em não brancos, o que se deve não somente pela antecedência genética, mas também por fatores socioeconômicos.

    Negros possuem maior grau de hipertrofia cardíaca


    “Nos negros, não apenas a genética justifica a alta prevalência da pressão alta. Cursam com pior evolução e complicações mais graves e frequentes. Tem correlação com nível socioeconômico e educacional mais baixo, o que implica em menor acesso aos cuidados de saúde”, explica o cardiologista Rubens Mattar Jr. Segundo o médico, há ainda outros motivos que explicam esse maior número de casos de hipertensão em pessoas de pele mais escura.

    “Este grupo apresenta declínio mais rápido de função renal, menor queda de pressão arterial no sono, maior incidência de baixo peso ao nascimento, maior grau de hipertrofia cardíaca, maior tendência à obesidade e maior sensibilidade ao sal. Isso também ajuda a entender essa maior prevalência”, aponta o profissional.

    Dieta saudável e uso correto de medicação ajudam no combate à pressão alta


    Independentemente da cor da pele, o tratamento e os cuidados para evitar o desenvolvimento do problema devem ser feitos, o que engloba hábitos comuns e simples, porém fundamentais. “É preciso buscar um estilo de vida no qual a dieta contenha menos sal e seja rica em frutas, legumes, potássio e cálcio, e pobre em gorduras. Prática de atividade física regular, controle de peso, redução do stress e restrição de álcool também são importantes para controle dos níveis da doença ou redução do risco cardiovascular”.

     Quanto ao uso de medicamentos, o Dr. Rubens frisa que a terapêutica deve ser individualizada, considerando-se a classificação dos estágios I,II e III da doença. “Usando-se remédios em maior ou menor quantidade, de acordo com a indicação classificatória, importam ainda idade, sexo, etnia, estado gestacional (em mulheres) e comorbidades como diabetes, asma, insuficiência vascular periférica e hiperuricemia. Eles devem ser adaptados conforme a indicação para cada caso específico”.
    Foto: Shutterstock

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