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    O consumo excessivo de bebidas alcoólicas é um fator de risco para a hipertensão?

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    A hipertensão é uma doença crônica que requer tratamento e uma série de mudanças de hábitos para a obtenção de uma vida mais saudável. Uma dessas alterações diz respeito ao consumo excessivo de bebidas alcoólicas. Segundo a cardiologista Bruna Baptistini, é imprescindível que hipertensos parem de beber, mas a ingestão de álcool deve ser evitada por qualquer pessoa.

    O álcool é um fator de risco para doenças cardiovasculares


    Os problemas causados por esse tipo de bebida não são poucos. O uso crônico de álcool pode desencadear insuficiência cardíaca, além de outras complicações, como cirrose, pancreatite e dependência química. “As bebidas alcoólicas também são responsáveis pelo aumento dos níveis de ‘colesterol ruim’ e ácido úrico, fatores de risco para doenças cardiovasculares”, alerta a médica.

    De acordo com a profissional, alguns estudos demonstraram que há uma relação multifatorial entre o consumo de álcool, o surgimento e a piora da hipertensão arterial, mas que ainda não é totalmente compreendida. Há muitas hipóteses, como redução da sensibilidade à insulina e secreção de cortisol, mas a ativação dos mecanismos leva ao acúmulo de sal e água, o que aumenta a contração muscular e a pressão arterial.

    Bebidas alcoólicas e energéticos: mistura perigosa


    Outro risco envolvendo o consumo de álcool é a adição de bebidas energéticas. Bruna diz que estudos demonstraram que a frequência cardíaca e a pressão arterial de adultos saudáveis aumenta depois da ingestão de duas latas de energéticos por dia. “Esse aumento pode não representar perigo para pessoas saudáveis, mas pode causar repercussões clínicas em indivíduos com doenças cardíacas e que bebem energéticos com frequência”, explica a especialista.

    Os energéticos contêm altos níveis de cafeína e taurina, substâncias que causam efeitos na função cardíaca e na pressão arterial dos indivíduos. A mistura potencializa o risco de arritmias e algumas delas podem necessitar de atendimento médico. “Esse ‘simples’ efeito colateral pode ocasionar danos maiores em pacientes portadores de doenças cardíacas, provocando problemas graves, como o infarto”, alerta Bruna.

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