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    Fora das crises, o herpes causa algum efeito no organismo do paciente?

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    Segundo os dados mais recentes do Ministério da Saúde, o herpes afeta cerca de 80% da população brasileira. Existem várias formas de contágio: o vírus pode ser transmitido por beijos, conversas próximas, relações sexuais e até pelo parto. A principal característica de quem sofre com a enfermidade é a incidência de lesões cutâneas na região afetada durante as crises. Mas, e fora das crises? O herpes causa algum efeito? Confira!

    Herpes pode causar sintomas antes das crises

    Fora das crises, o herpes não costuma causar efeitos no organismo. Mas, há uma exceção, em algumas pessoas, para os dias que antecedem a chegada de uma crise. Dias antes de uma nova crise, a pessoa pode apresentar o que chamamos de “pródromo”, que são sintomas referidos no local onde aparecerão as lesões”, informa a infectologista Diana Ventura. 
    Segundo a médica, são como um sinal de que a crise está por vir. “Entre os sintomas prodrômicos, podemos citar dor, ardência ou desconforto locais, mal-estar geral e dormência”, completa a especialista. Já com a crise instalada, é comum o aparecimento de vermelhidões, dores e bolhas nos lábios e na parte interna da boca, além de constante coceira. 

    Um paciente fora da crise pode transmitir o vírus do herpes?

    De acordo com Dra. Diana, mesmo indivíduos sem sintomas ou crises aparentes podem transmitir a infecção. “Os vírus herpes simples (HSV-1 e HSV-2) podem ser transmitidos pela pessoa infectada a outra suscetível, ou seja, que nunca teve contato com esses vírus. É claro que essa transmissão acontece numa taxa bem menor em relação ao momento da doença em atividade, pois é nas lesões ativas que o vírus encontra-se em maior quantidade”, relata a especialista.
    “Mesmo na ausência das lesões herpéticas, pode ainda haver transmissão porque o vírus está presente nas mucosas oral (HSV-1) e genital (HSV-2). Nesses períodos de latência (entre as crises), como não há lesões, normalmente não há sintomas ou incômodos locais”, continua a médica. 

    Principais cuidados contra o herpes

    Cuidar da saúde é fundamental para evitar o herpes e, por isso, recomenda-se alimentar de maneira saudável para manter a imunidade alta, evitar sol forte e ter relações sexuais sempre com o uso de preservativos. Mas, quando a doença já está estabelecida, é imprescindível a busca por uma solução adequada. 
    Segundo Dra. Diana, “o tratamento da infecção pelo vírus herpes está indicado no momento das crises, ou seja, na presença das lesões ativas, e tem o objetivo de encurtar o período de doença (fazer as lesões cicatrizarem mais rápido). Para isso, são utilizadas drogas antivirais por via oral e/ou tópica (pomadas ou cremes), em geral, por 5 a 7 dias”.

    Tratamento não elimina o vírus do herpes

    A especialista enfatiza ainda que os cuidados não são capazes de erradicar o vírus do organismo. “Os vírus da família herpes fazem uma infecção crônica, com latência nos gânglios nervosos, não podendo ser eliminados, uma vez que a infecção já esteja cronificada”, explica.
    Mesmo assim, é importante continuar o tratamento do herpes para diminuir as dores latentes. “Podemos também reduzir a frequência e a intensidade das crises utilizando os antivirais orais de forma contínua, por tempo prolongado, durante os períodos assintomáticos. É o que chamamos de profilaxia ou terapia supressiva do herpes, que está indicada para aqueles que sofrem recorrências frequentes da infecção (mais de 5x ao ano)”, recomenda.
    Foto: Shutterstock

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