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    O que acontece quando interrompo o tratamento com antipsicóticos antes do meu médico orientar?

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    Os antipsicóticos são uma classe de medicamentos criados para combater sintomas psicóticos, como alucinações e delírios, típicos da esquizofrenia. No entanto, hoje, sabe-se que seus efeitos também são benéficos para pacientes com transtorno bipolar, demência e autismo. O uso dessa medicação deve ser feita da forma indicada por seu médico, já que a interrupção do tratamento pode prejudicar sua saúde.

    Esquizofrenia pode piorar sem tratamento com medicação

    “A medicação é essencial para o tratamento, principalmente no caso da esquizofrenia, transtorno bipolar e outras psicoses, e sem ela o paciente não se estabilizará, manterá os sintomas e a doença mental irá progredir”, afirma o psiquiatra Miguel Angelo Boarati. Sintomas depressivos e ansiosos, que também podem surgir ao longo do seu tratamento, podem piorar sem o tratamento adequado.
    Segundo o psiquiatra Alexandre Proença, a maior parte das crises de esquizofrenia é causada pela falta de uso dos medicamentos ou pelo uso inadequado, seja na dose ou na frequência errada. “Um paciente esquizofrênico em crise, ou seja, em surto psicótico, pode apresentar alterações do pensamento, como percepções distorcidas da realidade, alterações da identificação de si próprio como pessoa, corpo e identidade”, alerta o médico.

    Interrupção do tratamento pode levar paciente a ser internado

    A falta de adesão ao tratamento representa ainda um risco a sua vida. Durante um surto com sintomas psicóticos, você pode não conseguir perceber a realidade e não entender o perigo de suas ações. Além disso, o mau uso dos medicamentos pode fazer com que a internação seja uma das poucas opções para controlar os sintomas e sua doença mental.
    Como os antipsicóticos são parte do tratamento de doenças crônicas, os pacientes frequentemente são orientados a utilizá-los pelo resto da vida. No entanto, seu quadro deverá ser avaliado constantemente por um especialista, como acontece com outros problemas crônicos, como hipertensão e diabetes. Ao longo do tratamento, poderão ser necessários ajustes na medicação, que devem ser feitos apenas pelo psiquiatra.

     

    Foto: Shutterstock

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