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    Um paciente com esquizofrenia pode morar sozinho e longe da família?

    Esquizofrenia
    Sintomas

    Por Dra. Ana Claudia Ducati Dabronzo e Dra. Diana Ventura

    23 de julho de 2017

    A esquizofrenia está associada à disfunção social e profissional e por isso a possibilidade de um paciente viver sozinho, de forma independente, se torna remota. De acordo com a psiquiatra Ana Cláudia Ducati, estima-se que apenas 20 a 30% dos pacientes sejam capazes de levar vidas relativamente normais, com um número muito reduzido chegando à remissão completa.

    “Se for avaliado que o paciente tem capacidade de gerenciar a própria vida, nada o impediria de morar sozinho. Contudo, para evitar riscos, seria necessário haver uma rede de apoio que conseguisse identificar uma piora do funcionamento ou retorno dos sintomas psicóticos do paciente”, esclarece a médica.

    Riscos e perigos da esquizofrenia

    A esquizofrenia apresenta alguns comprometimentos, tais como a deterioração cognitiva, prejudicando as atividades do dia a dia, e o empobrecimento afetivo, que leva ao isolamento social, e isso será sempre um risco para o paciente. Se por acaso ele estiver se aventurando em uma vida independente e esses sintomas se manifestarem, estará correndo real perigo.

    No geral, a progressão educacional e manutenção do emprego ficam prejudicadas nos indivíduos com esquizofrenia, sendo que a maioria deles acaba apresentando contatos sociais limitados fora da família. Em casos mais graves, até mesmo atividades cotidianas e cuidados pessoais ficam prejudicados. “Como a maioria dos indivíduos com esquizofrenia necessita de apoio em tempo integral, é difícil imaginar a possibilidade de morarem sozinhos e longe da família”.

    Comprometimento com o tratamento pode ajudar quem tem esquizofrenia

    Por mais que a independência seja algo raro e difícil para quem tem esquizofrenia, a adesão a variados métodos de tratamento pode contribuir para que isso ocorra. “Para aqueles pacientes que apresentam maior comprometimento, a inserção em terapias adicionais, como terapia ocupacional e psicoterapia, pode aumentar o seu nível de autonomia”.

    Dra. Ana Claudia Ducati Dabronzo é psiquiatra geral e da infância e adolescência, formada pela Universidade de São Paulo (USP). CRM: 150.562

    Foto: Shutterstock

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