Quais são os benefícios da terapia nos casos de esquizofrenia?
REDAÇÃO CUIDADOS PELA VIDA /
- COLABORARAM NESTE CONTEÚDO:
- Dra. Érika Mendonça de Morais
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A esquizofrenia é um transtorno complexo, que exige do paciente e de seus familiares engajamento total com o tratamento, pois apenas seguindo todos os cuidados necessários será possível controlar os sintomas adequadamente. O uso constante de medicamentos é a principal medida do tratamento, mas a terapia também possui grande importância.
“A psicoterapia, tanto individual quanto familiar, é benéfica nos casos da esquizofrenia, sempre em combinação com o tratamento medicamentoso”, afirma a psiquiatra Érika Mendonça. Um dos principais objetivos da psicoterapia no tratamento da doença é oferecer ao paciente caminhos para lidar com o transtorno.
Terapia-cognitivo comportamental é a mais indicada no tratamento da esquizofrenia
O profissional que acompanha o paciente nas sessões de terapia consegue identificar fatores estressores que costumam piorar o quadro e, a partir disso, ensina o paciente a evitá-los. A terapia também ajuda na parte de comunicação e interação social, independência, auto estima e maturidade emocional (controle de sentimentos e sensações).
Existem diversos tipos de terapia que podem ser aplicadas no tratamento da esquizofrenia e também no de outros transtornos (depressão, transtorno bipolar, autismo, etc.), mas sempre há um que se encaixa melhor às necessidades do paciente, caso a caso. “A terapia-cognitivo comportamental é a que apresenta mais evidências no tratamento dos sintomas da esquizofrenia”, completa.
Principais medicamentos usados no tratamento
O tratamento medicamentoso que deve seguir em paralelo com a psicoterapia no quadro de esquizofrenia tem como remédios principais os antipsicóticos. Eles ajudam, principalmente, no controle de sintomas como delírios e alucinações. Além destes, o especialista pode indicar os ansiolíticos, estabilizadores de humor e até mesmo antidepressivos, dependendo do caso.
Foto: Shutterstock
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Dra. Érika Mendonça de Morais
Psiquiatria
CRM: 124933 / SP
- 12 comentários para "Quais são os benefícios da terapia nos casos de esquizofrenia?"
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HEIDE
Bom dia,Tenho uma irmã que hoje está com 55 anos e mais ou menos 15 anos vem demostrando sinais dessa doença. Ela não dorme bem, ouve vozes na cabeça dela, vozes que dá ordens a respeito de determinados assuntos, ela tem sérios problemas com as cores e com as palavras; tais como cadela, cachorro barracão, cadê ela ou ele, passa, e co, números, como 4 33 35 e com códigos de barras. Ela vê a televisão sem som e fica muito tempo tapando os ouvidor. Sisma com as pessoas nos lugares por onde vai. Não consegue se relacionar com os filhos e o marido já foi embora, não aguentou. Ela se nega a fazer tratamento e fala que não é doida. Não sabemos como ajudar.
CUIDADOS PELA VIDA
Olá Heide. Obrigado por compartilhar seu relato. Temos uma matéria que poderá trazer informações importantes e irá te auxiliar. Clique no link e confira. Até breve.
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Arlete
Olá bom dia, tenho um filho que a 2 anos , desencadeou essa doença, ele faz acompanhamento com psicóloga, só que não está tendo sucesso, gostaria de saber se psicanalista pode ajuda lo melhor?
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Christopher wallace
Eu tenho esquizofrenia não consigo ter afeto emoções tem horas que nem me sinto um ser humano não consigo mais me relacionar com ninguém todo dia é uma luta pra sair de casa e parecer normal na frente das pessoas e todo dia parece que eu sou o centro das atenções todos me olhando como se eu fosse louco e esse é o pior momento porque sei que estou tentando ser normal mais não consigo pra mim as pessoas só me olham com o pensamento de nojo e com certeza acham que sou estranho ,pior sentimento do mundo não desejo nem pro pior ininigo
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Alanda Andreatta
Depois de um surto de quase 6 meses, recebi o diagnóstico. Foi bem difícil. Vivi o inferno na Terra. Logo que comecei a tomar o antipsicótico comecei a voltar a me livrar dos sintomas positivos. Com terapia semanal, fui me recuperando. Voltei a trabalhar e isto foi fundamental para a minha recuperação. Tenho ido ao psiquiatra a cada 6 meses ou quando sinto que estou a beira de um novo surto. Consigo ter uma vida funcional. Trabalho, exerço um cargo de responsabilidade. Voltei a estudar e estou fazendo uma nova habilitação. Não está sendo fácil, pois, minha cognição está péssima. Mas estou tentando. Também entrei em um curso de inglês. Minha vontade é de me isolar, mas sei que para a minha recuperação é importante que eu me socialize, por isso, voltei a estudar. Apenas minha filha, meu pai e poucos amigos sabem do meu diagnóstico e me ajudam a tornar o dia a dia menos difícil. Um dia de cada vez. É isso que tenho aprendido.
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josé elias
Olá eu faço há 16 anos tratamento para esquizofrenia simples que não é muito comum(o subtipo) estou bem na terapia ocupacional e na psiquiatria, mas não na psicoterapia. Fui curatelado judicialmente e minha vida laboral acabou não consigo estudar nem namorar. Estou quase desistindo da psicoterapia (que é junguiana ou seja estou de saco cheio.)Isto é um desabafo.
CUIDADOS PELA VIDA
Olá, José. Conforme a matéria, há outras abordagens que podem ser mais interessantes para o tratamento, como a terapia-cognitivo comportamental, que atende melhor as necessidades do tratamento de esquizofrenia. Entendemos você, e lhe parabenizamos pela dedicação ao tratamento. Desejamos forças!
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Gabrielle
Olá, tenho esquizofrenia e tenho uma vida normal quando eu descobri que tinha isso tomei o remédio panazan e já fais um ano que parei de toma minhas crises são a cada três quatro meses por ai é dura cerca de uns 10 dias eu so choro nao sinto vontade de sair de casa e depois eu volto minha auto-estima sem remedio sem nada gostaria de saber se isso é normal e eu passa no pisicologo ele me passa algum remédio pra melhorar isso pois já não aguento mais gostaria de ter uma vida tranquila sem esses transtorno .
CUIDADOS PELA VIDA
Olá, Gabrielle. O paciente com esquizofrenia pode ter recaídas e elas ocorrem ás vezes por não seguir o tratamento de forma correta ou até mesmo com o tratamento sendo realizado conforme prescrito. Por isso, é muito importante que essas recaídas sejam relatadas ao médico, para que seja verificado uma nova forma de intervenção , pois dependendo das crises o paciente pode chegar ao nível máximo de gravidade e isso pode trazer riscos ao paciente ou á família. Torcemos por sua melhora!
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