A endometriose profunda consiste em uma variação mais severa do quadro, com sintomas mais incômodos que o normal. Mais especificamente, se caracteriza pelo fato dos focos da doença ocuparem um espaço de mais de 5mm na parede de algum órgão no qual tenham se infiltrado. Normalmente, esse número gira em torno de um e dois milímetros apenas.
Endometriose profunda e importância do tratamento
“A endometriose profunda é uma forma especial de endometriose, definida arbitrariamente como a presença de glândulas e estroma endometriais situados além de 5 mm abaixo da superfície peritoneal”, informa a ginecologista Jordanna Diniz. “Independente do tipo da doença, é importante ter em mente que a endometriose acomete uma a cada 10 mulheres no mundo, podendo cursar com infertilidade em 30 a 50% dos casos”, acrescenta a médica.
Ainda segundo a especialista, para que as consequências não sejam irreversíveis ou comprometedoras, é importante que se investigue todos os sintomas possíveis desde o início dos períodos menstruais. Se for o caso, também pode ser necessário iniciar o tratamento precoce (seguindo sempre as orientações médicas) para evitar prejuízos, como a infertilidade e dores crônicas.
“A mulher portadora de endometriose tem grande perda em sua qualidade de vida por manifestar quadro crônico de dor, o que a incapacita de suas atividades diárias, tanto laborais quanto sociais. Essa mulher pode desenvolver quadros de depressão e até suicídio relacionados à negligência de seus sintomas por parte da sociedade e de profissionais de saúde, junto da falta de solução para o problema”, alerta Jordanna. Por isso, é fundamental sempre buscar médicos competentes que encarem a doença com a seriedade que merece.
Principais medidas de tratamento
A endometriose deve ser abordada como uma doença crônica, ou seja, que necessita de acompanhamento por toda a vida reprodutiva da mulher. “Não podemos falar de cura, mas sim de manejo dos sintomas e manutenção da qualidade de vida das pacientes. O tratamento pode ser clínico, com uso de medicamentos e manejo junto à equipe multiprofissional, ou cirúrgico, dependendo do grau de extensão da doença e sintomatologia da paciente”, conclui a médica.
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