Recaídas de depressão: O que muda no tratamento?
REDAÇÃO CUIDADOS PELA VIDA /
- COLABORARAM NESTE CONTEÚDO:
- Dr. Giovani Missio
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O tratamento da depressão requer extremo cuidado com consumo dos medicamentos e com a adesão às outras medidas propostas pelo psiquiatra. Qualquer falta de atenção pode facilitar uma recaída, que é a piora dos sintomas da doença após um período de melhora. O psiquiatra Giovani Missio explica em que situações a recaída pode acontecer e, a partir dela, o que muda no tratamento da depressão.
Mudar a dosagem da medicação sem autorização favorece recaídas
“Durante o tratamento, a recaída geralmente acontece por uso irregular da medicação. Muitos pacientes sentem-se melhores e decidem reduzir a dosagem ou parar de tomar o medicamento por conta própria”, afirma o especialista.
Quando isso acontece, é preciso que o médico busque maneiras de incentivar a adesão ao tratamento. Conversar com o paciente para que ele entenda a importância de fazer o uso correto dos remédios antidepressivos ou outra classe prescrita pode funcionar. A família também deve ajudar, dando apoio ao paciente.
Combinar medicações pode evitar novas recaídas
Outra causa de recaída, segundo o médico, é a gravidade do quadro. Há alguns casos em que a depressão é muito grave e o tratamento indicado acaba não respondendo da maneira esperada, fazendo com que o paciente volte a sofrer com os sintomas.
Nessas situações, será necessário avançar no protocolo de tratamento. “Algumas vezes, ajustando a dose, substituindo medicação ou fazendo combinações de medicamentos, por exemplo: dois antidepressivos, um antidepressivo e um estabilizador do humor, antidepressivo e antipsicótico”, explica Doutor Giovani.
Saiba como é possível evitar as recaídas num caso de depressão
Para evitar as recaídas, além de fazer o tratamento corretamente, o paciente deve manter uma rotina de sono, praticar atividades físicas regularmente e se manter longe de álcool e outras drogas. “Fazer a fase de manutenção durante um tempo adequado ou consolidação da melhora após a fase inicial de recuperação é um passo importante para evitar recaídas”, considera o psiquiatra.
Foto: Shutterstock
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Dr. Giovani Missio
Psiquiatria
CRM: 127682 / SP
- 5 comentários para "Recaídas de depressão: O que muda no tratamento?"
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Vivian Borges de souza
tenho depressão constante não sei qual é o tipo, mas vivo ansiosa nao consigo fazer nada coordenar meus pensamentos vivo com medo de sair na rua sozinha e minha familia não acredita e cada vez me isolo das pessoas passo quase o dia inteiro na cama e não consigo dormir sinto falta de carinho proteção , tomo velija 60 mg 2 ao dia pregabalina de150
CUIDADOS PELA VIDA
Olá, Vivian. Apesar do acesso a informação que temos nos dias de hoje, ainda há muito preconceito relacionado à depressão. Entretanto, isso não deve ser impedimento para que você cuide da sua saúde e se coloque em primeiro lugar. É muito importante buscar o apoio de um médico psiquiatra e sessões de psicoterapia pois podem ajudar muito no seu tratamento. Votos de melhoras à você!
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Letícia Vieira
Tenho depressão desde os 14 anos e há 6 anos convivo com isso. Por não conhecer a doença, demorei a contar aos meus familiares e quando contei eles não acreditaram no começo e isso atrasou por mais de 4 anos o meu tratamento. Faço acompanhamento com psiquiatra e terapia há quase 1 ano. Para quem ler este comentário: se você está tendo os sintomas, procure psiquiatra e conte o que está sentindo, essa doença é muito difícil de conviver mas apenas com acompanhamento profissional nós conseguimos melhorar. Aos familiares que perceberem os sintomas em algum parente: não ignore e oriente-o a procurar um médico. Apoie seu familiar isso é muito importante, se não fosse pelo apoio e paciência da minha família, provavelmente eu já teria me matado. Para os que estão em tratamento, como eu: Fique bem e se cuide, somos mais fortes que essa doença e iremos superá-la.
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