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    Mindfulness: Técnica de meditação pode ajudar pacientes com depressão?

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    A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou em fevereiro de 2017 que mais de 300 milhões de pessoas têm depressão em todo o mundo. No Brasil, são 11 milhões de depressivos. Esses dados mostram a importância da disponibilização do tratamento para toda a sociedade, além do desenvolvimento e da aplicação de técnicas modernas que ajudem a devolver qualidade de vida aos pacientes afetados pela doença.

    Mindfulness pode ajudar a controlar depressão


    Uma dessas técnicas é chamada de mindfulness. Ela ajuda o paciente a se concentrar e é frequentemente traduzida para o português como atenção plena. “O depressivo tende a pensar o tempo todo no passado e no futuro. Ele se lamenta por decisões do passado e tem medo do futuro. As técnicas de mindfulness ajudam a focar a atenção para o momento presente, o único em que podemos atuar”, afirma a psiquiatra Monica Zilberman.

    Segundo a especialista, a ideia por trás da prática de mindfulness é transformar o que as pessoas fazem automaticamente em algo consciente, como é o caso das sensações do corpo e até da respiração. Assim, por meio de técnicas que envolvem o relaxamento, o depressivo consegue controlar o corpo de maneira mais eficaz e evitar reações diante de qualquer mudança ou acontecimento.

    Tratamento da depressão deve observar o perfil de cada paciente


    Além de mindfulness, o tratamento da depressão pode abranger ainda outras medidas, como atividades físicas, psicoterapia e medicação. Até mesmo a atenção à espiritualidade é importante para quem é fortemente vinculado a crenças religiosas. “Nem todas servem para todos, mas todas contribuem para alcançar o objetivo. A função do psiquiatra é identificar quais aspectos utilizar em cada paciente”, destaca Monica.

    A profissional explica que não adianta pedir a uma pessoa depressiva, cuja doença cursa com intensa falta de energia, que pratique atividade física. Nesse caso, a medicação pode produzir um efeito mais rápido, melhorando a disposição e o ânimo e, em um segundo momento, permitindo começar atividades físicas. 
    Dra. Monica Zilberman é psiquiatra formada pela Faculdade de Medicina da USP e atende em São Paulo. CRM-SP: 72538

    Foto: Shutterstock

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